Blog •  14/10/2022

Benefícios de pastagem limpa e de sistema com maior lotação

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Produzir mais no mesmo espaço é o desafio da pecuária para se tornar mais competitivo do que outros sistemas de produção. Uma pastagem limpa é o começo do aumento de produtividade.

Os sistemas de produção de gado de corte brasileiro precisam aumentar a produtividade para se tornarem competitivos em relação aos demais sistemas de produção agrícolas. A produtividade na pecuária de corte é medida através da quantidade de quilos de peso corporal ou arrobas produzidas por hectare ano, indicador que é função do desempenho individual dos animais e a quantidade de cabeças por hectare.

Essas informações são essenciais para o entendimento dos benefícios de uma pastagem limpa, pois, quanto mais intensa a infestação de plantas daninhas, maior será a competição por água, luz e nutrientes entre as plantas forrageiras e as daninhas. Essa competição afeta a capacidade produtiva do pasto, reduzindo a capacidade de suporte (lotação) e a disponibilidade de alimento para os animais. A presença de plantas daninhas, principalmente com espinhos, dificulta a coleta e ingestão de capim pelos animais, reduzindo a eficiência de pastejo, que é a quantidade de pasto que os animais conseguem consumir em relação ao total que foi produzido.

A alta infestação de plantas daninhas leva as plantas forrageiras a mudarem seu hábito de crescimento, diminuindo o número de perfilhos e aumentando o crescimento entre nós (estiolamento), com a finalidade de buscar luz em extratos mais altos. Essa característica, além de reduzir a produção, afeta negativamente a qualidade do pasto, pois aumenta a proporção de colmos em relação às folhas. Os colmos são estruturas ricas em lignina, principal responsável pela sustentação das plantas, porém, é um composto indigestível para os animais. Forragens ricas em lignina têm menor consumo e digestibilidade, reduzindo o aporte de nutrientes para os bovinos.

Os sistemas de produção de gado de corte brasileiro, se caracterizam pelo uso de zebuínos (nelore) e plantas forrageiras tropicais (gênero Brachiaria). Essas plantas apresentam elevada amplitude de resposta à produção (kg MS de forragem/ ha), característica que traz vantagens produtivas aos sistemas com maiores lotações, como demonstrado na figura 1, que retrata a avaliação do efeito do ganho de peso e taxa de lotação média anual sobre a produtividade por hectare, considerando 52,0% de rendimento de carcaça.

Figura 1

Os sistemas de produção de gado de corte brasileiro precisam aumentar a produtividade para se tornarem competitivos em relação aos demais sistemas de produção agrícolas. A produtividade na pecuária de corte é medida através da quantidade de quilos de peso corporal ou arrobas produzidas por hectare ano, indicador que é função do desempenho individual dos animais e a quantidade de cabeças por hectare.

Autor: José Renato Silva Gonçalves, Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz – FEALQ – Fazenda Figueira – Londrina PR