O que fazer com as vacas de descarte?
Estamos no período em que o descarte de matrizes é maior e é chegada a hora de decidir o que fazer com a vacada que não emprenhou.
Estamos no período em que o descarte de matrizes é maior e é chegada a hora de decidir o que fazer com a vacada que não emprenhou.
Em uma fazenda em que o sistema adotado é o de cria, o produtor espera produzir cada vez mais bezerros com a maior qualidade possível. Esse é o objetivo.
Além do bezerro, a fazenda de cria também obtém parte da sua receita por meio da comercialização das vacas de descarte, que são aquelas que não atingiram o resultado reprodutivo desejado.
Essas vacas podem ser destinadas ao abate ou comercializadas no mercado de reposição. Pensando nisso, analisamos os dois caminhos que o produtor pode adotar nessa situação. Confira:
Tomaremos como base uma simulação em uma fazenda de cria localizada no Mato Grosso do Sul, estado relevante na produção de bezerros. O peso de uma vaca de descarte varia conforme a idade e a condição corporal do animal. Nossa referência será uma vaca com 10,5 arrobas.
Considerando a referência da Scot Consultoria¹ para o preço da vaca boiadeira, anelorada com 10,5 arrobas, o criador que optar por vender o animal no mercado de reposição, em março, terá uma receita de R$ 1.330,00 por cabeça. Esse valor seria o equivalente à venda de 1,10 bezerro de desmama, anelorado com 6 arrobas, no Mato Grosso do Sul, no mesmo período. Considerando que, se essa vaca não fosse de descarte e estivesse em plenas condições reprodutivas, ela produziria mais bezerros ao longo da vida. Porém, pelo menos em sua venda, ela entregaria ao produtor uma receita equivalente à venda de um bezerro de desmama, que seria seu objetivo naquela estação de monta.
Agora vamos analisar outra opção de comercialização da vaca de descarte.
Considerando que, se a mesma vaca de descarte, com 10,5 arrobas, em vez de ser vendida no mercado de reposição, fosse engordada em pasto durante os meses de março, abril e maio, com adição de suplemento mineral, seria possível obter ganhos de peso de 0,7 kg/dia.
Esse número pode ser menor ou até mesmo maior, a depender da qualidade do pasto, do suplemento mineral e do potencial do animal.
Mas levando em conta esse ganho de peso diário (0,7 kg/dia), ao final dos três meses de engorda, essa vaca ganharia mais 2 arrobas e, considerando um rendimento de carcaça de 50%, seria abatida com 12,5 arrobas.
Figura 1. Estimativa do custo de engorda da vaca de descarte.
Custo da suplementação (3 meses) |
R$ 25,00 |
Arrendamento + mão de obra (R$/cabeça/mês) |
R$ 35,00 |
Preço total arrendamento 3 meses (R$) |
R$ 105,00 |
Custo total da engorda |
R$ 130,00 |
Fonte: Scot Consultoria
Os custos com arrendamento, mão de obra e suplementação somados vão gerar um desembolso de R$ 130,00 por cabeça ao final do período de engorda.Para projetar o preço de venda das vacas em maio, podemos adotar a variação das cotações da arroba do boi gordo no mercado físico em comparação com as projeções para os contratos futuros de maio. Isso porque, no mercado futuro, não há a disponibilidade de contratos futuros para vacas.
Tomando como base então essa variação, a projeção para a cotação da arroba da vaca gorda no Mato Grosso do Sul em maio é de R$ 128,00, à vista, livre de Funrural, o que geraria uma receita de R$ 1,6 mil por vaca (R$ 128,00 x 12,5 arrobas).
Subtraindo os custos da engorda (R$ 130,00) da receita (R$ 1,6 mil), chegaríamos ao resultado de R$ 1.470,00 por cabeça.
Esse valor seria R$ 140,00 maior frente à opção de vender a vaca no mercado de reposição e equivalente à venda de 1,21 bezerro de desmama, anelorado com 6 arrobas, no Mato Grosso do Sul.
Os números mostrados na simulação não são absolutos, pois o peso inicial, final e o ganho médio diário dependerão de diversas variáveis, tais como genética, condição corporal dos animais e qualidade das pastagens e dos suplementos.
A opção de engordar a vacada de descarte mostrou-se, nesse caso, mais rentável frente à opção de venda no mercado de reposição. É importante ressaltar que, para qualquer decisão, deve ser considerada também a disponibilidade de capital e de pasto, além do objetivo do sistema como um todo.
Para manter sua pastagem saudável e livre de plantas daninhas invasoras, é essencial escolher o herbicida para pastagem adequado. Neste contexto, o Tordon Ultra se destaca como uma solução confiável. O Tordon Ultra é um herbicida altamente eficaz projetado especificamente para o controle de plantas daninhas em pastagens, garantindo que o seu gado tenha acesso a uma área de alimentação de alta qualidade. Com sua capacidade comprovada de eliminar plantas indesejadas, o Tordon Ultra-S é a escolha preferida dos pecuaristas que buscam manter pastagens saudáveis e produtivas.