Blog •  31/08/2018

Quanto custa a formação de um hectare de pasto?

Autor:  Breno de Lima
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De acordo com estimativas da Scot Consultoria, uma pastagem formada com aplicação de alta tecnologia tem um custo médio de R$ 1,9 mil por hectare.

A principal fonte de alimento para o gado é a pastagem e é preciso oferecê-la com qualidade, de forma que os bovinos possam aproveitar ao máximo seus nutrientes. Esse é o sistema de menor custo para a produção de bovinos no Brasil.

Recentemente, publicamos em nosso portal um artigo explicando a importância de uma boa formação de pasto e quais critérios devem ser seguidos. Dando sequência ao assunto, hoje vamos falar sobre o custo para a formação do pasto. Afinal, você sabe quanto custa a formação de um hectare de pasto?

Custo para a formação de um hectare de pasto

 É fato que há uma grande variação de custos para a formação de pastagens, com as diferentes realidades. Há quem precise corrigir os níveis de potássio do solo. Para outros, a correção necessária é a de fósforo. Existem áreas mais “sujas”, que requerem o uso do arado antes da gradagem. Existem sementes que custam R$ 20,00/kg e outras que são vendidas por mais de R$ 30,00. Enfim, são muitas as variáveis.
Da mesma forma, o nível tecnológico aplicado na formação do pasto pode variar, sendo de baixa, média ou alta aplicação de tecnologia.

De acordo com estimativas da Scot Consultoria, uma pastagem formada com a aplicação de alta tecnologia tem um custo médio em torno de R$ 1,9 mil por hectare. 

Tabela. Custo médio de custo formação de pastagem 2022, no Brasil Central.

 

Descrição R$/total %
Preparo do solo – pré-plantio    
Operações mecanizadas R$865,29 19,78%
Mão de obra R$120,00 2,74%
Corretivos R$450,00 10,29%
Total da etapa R$1.435,29  
Plantio    
Operações mecanizadas R$295,95 6,77%
Mão de obra R$228,30 5,22%
Defensivos R$267,90 6,12%
Fertilizantes R$1.809,43 41,36%
Sementes R$337,50 7,72%
Total da etapa R$2.939,08  
Custo operacional total R$4.374,37 100,00%

 

No custo da tabela, foram consideradas as operações de aração, gradagem, aplicação de corretivo, herbicida de pré-plantio, uso de sementes de qualidade na quantidade adequada, incorporação, adubação de base e de cobertura e herbicida pós-emergente.As operações, assim como a definição de alta tecnologia, foram baseadas em pesquisas com consultores técnicos e pecuaristas, questionados, entre outras coisas, sobre quais insumos e operações mecanizadas utilizam nessa reforma.

Nessa mesma pesquisa, somente um terço dos entrevistados relataram adubar as pastagens. O mais comum é a adoção de corretivos. Ou seja, boa parte dos pecuaristas negligencia a adubação e a aplicação de defensivos na formação das pastagens. Isso ajuda a demonstrar, na prática, limitações dos sistemas produtivos da pecuária de corte.

Mas o que chamou a atenção foi a ocorrência de relatos de custos baixos, menores que R$ 500,00/ha. As observações dos técnicos de campo da pesquisa indicam que um pasto formado nesse custo geralmente possui vida útil menor que cinco anos e suporta lotação menor que 1 UA/ha.

Nessa estimativa, foi considerado um cenário sem manutenção do pasto, para ilustrar diretamente o efeito da depreciação. Obviamente, a manutenção deve ser feita, e bem feita, para aumentar a vida útil da pastagem, diluindo sua desvalorização.

Além da menor produtividade, se o pasto que custa R$ 500,00/ha durar cinco anos, ele terá uma depreciação anual de R$ 100,00 por hectare, além da necessidade de um novo investimento no sexto ano.

A título de comparação, um pasto formado com aplicação de alta tecnologia, custando R$ 1,9 mil/há, com vida útil de dez anos (sem manutenção), terá uma depreciação anual de R$ 190,00 por hectare, mas lotações médias superiores, frente à pastagem de R$ 500,00/ha.

Além de uma vida útil maior, diluindo a depreciação anual, o pasto com maior investimento traz benefícios, como maior taxa de lotação, maior ganho em produtividade e giro mais rápido do estoque de boiadas. A somatória desses fatores leva ao aumento do lucro, gerando mais receita para o produtor.

Conclusão

A formação de um pasto deve ser encarada como um investimento, que vai ser diluído em um período longo, se bem feita.

Um pasto malformado tende a gerar maior custo com depreciação no sistema, uma vez que, com menor vida útil, menos cabeças de gado serão colocadas no pasto e a diluição dos custos fixos será menor.

Os resultados mostrados no artigo são simulações que podem variar caso a caso. O mais importante é que fique claro para o pecuarista que o planejamento, assim como as contas, deve ser feito de maneira coerente para a realização de uma boa formação de pastagens.

Além disso, é bom ter senso crítico e analisar se o mais barato hoje não é o mais caro amanhã.

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