Qualquer empreendimento demanda planejamento e, sobretudo, análise detalhada de fatores que podem impactar em diversas áreas, como produtividade, lucratividade e, claro, sustentabilidade do negócio. Com a pecuária – e o pecuarista –, não é diferente.
Obviamente, ninguém está livre de tropeçar vez ou outra – e de ter de lidar com problemas inesperados –, mas quanto menos desafios no meio do caminho maiores são as chances de assegurar a saúde financeira da sua fazenda. Portanto, confira algumas dicas sobre o que evitar e as respostas para as questões mais comuns do dia a dia do pecuarista.
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1 – Cada parte da produção, por menor que pareça, é importante para o pecuarista
Não caia na armadilha de achar que adquirir cada vez mais gado é sinônimo de faturamento garantido. Lembre-se de que os animais ocupam um espaço determinado e consomem recursos variados. Logo, o primeiro passo é planejamento. Calcule cuidadosamente tudo o que envolve os recursos demandados para comportar esse acréscimo de animais.
Não aumente seu rebanho se, por enquanto, não há pasto suficiente para expandi-lo. O investimento que você dedicaria a essa compra agora pode ser transformado em investimentos para intensificar a capacidade de suporte animal das suas pastagens (controle de planta daninha, adubação, melhoria nas aguadas e saleiros etc…)
O mesmo se aplica à alimentação dos animais. Cuide para que ela não sobre em um momento e falte em outro. No caso de pastagens, faça o correto planejamento/dimensionamento da taxa de lotação animal adequada para o período das águas e da seca. Dê um passo de cada vez, e o resultado chegará naturalmente.
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2 – Fique atento à infraestrutura disponível
A compra de novos animais deve considerar se as instalações estão adequadas para recebê-los. Gado de ótima genética/procedência, por exemplo, exige técnicas de manejo e alimentação à altura – do contrário, isso poderá ser um investimento desperdiçado.
Estudar, também, as características de seu rebanho para adequar o ambiente de forma que a produção seja otimizada é fundamental. Um profissional pode ajudar nessa tarefa. Você pode até descobrir que a área arborizada de sua fazenda pode ser benéfica ao gado e, ainda, uma fonte de renda extra.
3 – Acompanhe o calendário visualizando o todo
O desenvolvimento do pasto e a presença do gado devem estar alinhados. Quando rotacionado, para que não haja perdas, o calendário do pastejo precisa, necessariamente, ser respeitado. Além disso, ações como a adubação das pastagens são necessárias, e devem levar em conta:
- Análise adequada do solo.
- Aplicação planejada de herbicidas e fertilizantes.
- Manejo adequado dos pastos.
- Taxa de lotação ajustada e alinhada com capacidade de suporte.
Não se esqueça: os resultados da produção dependem diretamente desses detalhes.
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4 – Adeque as expectativas da produção com o tratamento dos animais
A maneira com que você lida com o rebanho envolve, inclusive, a alocação e o trato ofertado aos animais. Um exemplo é o impacto do bem-estar animal de acordo com a finalidade de sua criação – pois, de acordo com agentes-chave, são constatadas perdas de peso decorrentes de transporte inadequado de até 10% em viagens acima de 8 horas (citar fonte).
Portanto, não espere resultados promissores se em cada etapa não forem tomadas as devidas precauções para um produto de qualidade.
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5 – Dedique-se ao trabalho fora da fazenda
O produto principal da pecuária é produzido na fazenda, mas o trabalho de escritório é igualmente importante para o desenvolvimento adequado do negócio. Fluxo de caixa, pesquisa de investimentos ideais, aprimoramento de técnicas e análise de rendimento profissional, tudo isso diz respeito a como as coisas funcionarão no dia a dia, e à entrega de resultados superiores.
A teoria aliada à prática só tende a estabelecer parâmetros mais sofisticados e criteriosos para cada decisão.
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Seja um pecuarista de sucesso
A atenção a determinados detalhes e o apoio de profissionais qualificados podem ser o que você precisa para acelerar o seu negócio, mesmo sabendo que algumas coisas podem mudar no meio do caminho. Os desafios sempre vão aparecer e é necessário estar preparado para enfrentá-los.
Já que falamos de tempo, otimizar a gestão dele para adquirir controle e aumentar a produtividade é também fundamental. Realize uma análise dos fatores que podem estar fazendo com que você desperdice tempo – e os reformule, quando necessário, ou mesmo os elimine, se possível. Há aqueles autogerados, e os causados pelo ambiente.
São exemplos de desperdícios autogerados a já famosa procrastinação, a desorganização e a incapacidade de dizer não – o que resulta em aceitar mais tarefas do que você consegue realizar. Já o ambiente é responsável, por exemplo, pelo bombardeamento de e-mails, reuniões desnecessárias, conversas paralelas e elaboração de relatórios sem utilização. Classificando adequadamente tais vilões da alta performance, você será capaz de atingir o melhor de sua capacidade.
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