Pontos de atenção na adubação potássica de pastagens
A deficiência de potássio nas pastagens pode limitar a resposta produtiva destas, bem como fazer com que as plantas apresentem colmos finos e menos resistentes ao tombamento.
A deficiência de potássio nas pastagens pode limitar a resposta produtiva destas, bem como fazer com que as plantas apresentem colmos finos e menos resistentes ao tombamento.
Como qualquer outra cultura agrícola, é fundamental o manejo adequado das pastagens cultivadas para a exploração de todo o seu potencial produtivo.
Nesse contexto, os processos envolvidos, desde a escolha das sementes do capim, a correção da acidez do solo, a adubação e o manejo de entrada e saída dos animais das áreas, merecem atenção do pecuarista e dos técnicos envolvidos.
Neste artigo abordaremos a importância e os cuidados com a adubação das pastagens, mais especificamente sobre a adubação potássica (K).
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O fundamento da adubação se baseia na devolução ao solo dos nutrientes que as plantas absorvem (no caso o capim) e são exportados pelos animais na forma de carne, leite, lã etc., e aqueles perdidos por meio de lixiviação ou outros meios, como volatilização.
Lembrando que o nitrogênio (N) é o nutriente mais impactante em termos de ganhos na produção da forragem, mas o déficit de potássio (K) pode limitar a resposta das plantas forrageiras de maior exigência nutricional, especialmente nos sistemas intensivos.
O potássio, assim como o nitrogênio, está sujeito à lixiviação, tendo alta mobilidade no solo.
A principal fonte de potássio utilizada nas pastagens é o cloreto de potássio (KCl), que possui 60% de K2O. O adubo apresenta elevado índice de salinidade e, por isso, não deve entrar em contato direto com a semente do capim.
O potássio (K) é essencial no processo fotossintético, e quando deficiente, diminui a fotossíntese e aumenta a respiração, reduzindo o suprimento de carboidratos para as plantas e impedindo a incorporação eficiente do nitrogênio.
Além disso, o nutriente exerce papel fundamental na translocação de carboidratos produzidos nas folhas para outros órgãos da planta, e está diretamente relacionado com o controle de abertura e fechamento dos estômatos – que são de grande importância no balanço hídrico da planta. Atua, também, na expansão celular, estando relacionado ao crescimento da planta.
A adubação das pastagens pode ser subdividida em adubação de formação ou estabelecimento e adubação de manutenção.
Devido à possibilidade de lixiviação nos sistemas em que são empregadas altas doses de K, recomenda-se parcelar a adubação potássica, juntamente com as coberturas nitrogenadas.
Essa prática, além de evitar as perdas por lixiviação, promove aumento na produção de forragem e melhora a eficiência do uso de nitrogênio, quando a fonte de fertilizante nitrogenado empregada é a ureia.
As doses do adubo potássico para as pastagens são recomendadas com base na análise de solo, mediante a determinação da faixa de variação na sua concentração.
Nos solos mais pobres, as doses recomendadas de potássio para o plantio das pastagens variam de 20kg/ha a 60 kg/ha de K2O, dependendo do teor de K disponível no solo e do tipo de pasto que se pretende formar, por exemplo, se a área for constituída apenas por gramíneas ou pelo consórcio com leguminosas.
Para manutenção, as doses de potássio recomendadas variam em função da disponibilidade de K no solo, do tipo de pasto e do nível de adubação nitrogenada utilizada nas pastagens, sendo que as maiores doses são recomendadas quando se utiliza nível mais elevado de adubação nitrogenada (acima de 50 kg/ha de N) e em pastos consorciados.
A adubação com potássio deverá ser feita a cada 3-4 anos, caso a análise de solo indique sua necessidade. A aplicação deve ser feita a lanço, em cobertura, no início da estação chuvosa.
As recomendações da quantidade de adubo variam conforme a região, tipo de solo, tipo de sistema de produção. Dessa forma, a sugestão é sempre procurar orientação técnica.
Na literatura também estão disponíveis alguns materiais com recomendações de adubações para pastagem, como este da Embrapa, para o bioma Cerrados.
Os capins deficientes em potássio apresentam colmos finos e menos resistentes ao tombamento, além de possuírem folhas amareladas, com necroses.
As folhas mais velhas secam da ponta para a base, com intensidade maior nas margens, assumindo, após secas, coloração parda, com manchas necróticas mais escuras.
Em leguminosas, há comprometimento do sistema de nódulos, diminuindo a capacidade de fixação de nitrogênio pelas plantas.
O uso correto de tecnologias é essencial para o aumento da produtividade e sustentabilidade da atividade pecuária (corte e leite).
Nesse contexto, destacamos a necessidade de o produtor de leite ou pecuarista de gado de corte se atentar ao pacote tecnológico como um todo, que inclui não só a adubação potássica, mas de outros nutrientes (nitrogênio, fosfato etc.), além da escolha da semente da planta forrageira (capim), controle das plantas daninhas e manejo correto do gado na área, entre outros.
Essa questão vai ao encontro da Lei de Liebig, um princípio bastante utilizado na agricultura, que estabelece que o desenvolvimento de uma planta será limitado pelo nutriente deficitário, mesmo que todos os outros elementos ou fatores estejam presentes.
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