Os sistemas de produção de gado de corte brasileiro precisam aumentar a produtividade para se tornarem competitivos em relação aos demais sistemas de produção agrícolas. A produtividade na pecuária de corte é medida através da quantidade de quilos de peso corporal ou arrobas produzidas por hectare ano, indicador que é função do desempenho individual dos animais e a quantidade de cabeças por hectare.
Essas informações são essenciais para o entendimento dos benefícios de uma pastagem limpa, pois, quanto mais intensa a infestação de plantas daninhas, maior será a competição por água, luz e nutrientes entre as plantas forrageiras e as daninhas. Essa competição afeta a capacidade produtiva do pasto, reduzindo a capacidade de suporte (lotação) e a disponibilidade de alimento para os animais. A presença de plantas daninhas, principalmente com espinhos, dificulta a coleta e ingestão de capim pelos animais, reduzindo a eficiência de pastejo, que é a quantidade de pasto que os animais conseguem consumir em relação ao total que foi produzido.
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A alta infestação de plantas daninhas leva as plantas forrageiras a mudarem seu hábito de crescimento, diminuindo o número de perfilhos e aumentando o crescimento entre nós (estiolamento), com a finalidade de buscar luz em extratos mais altos. Essa característica, além de reduzir a produção, afeta negativamente a qualidade do pasto, pois aumenta a proporção de colmos em relação às folhas. Os colmos são estruturas ricas em lignina, principal responsável pela sustentação das plantas, porém, é um composto indigestível para os animais. Forragens ricas em lignina têm menor consumo e digestibilidade, reduzindo o aporte de nutrientes para os bovinos.
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Os sistemas de produção de gado de corte brasileiro, se caracterizam pelo uso de zebuínos (nelore) e plantas forrageiras tropicais (gênero Brachiaria). Essas plantas apresentam elevada amplitude de resposta à produção (kg MS de forragem/ ha), característica que traz vantagens produtivas aos sistemas com maiores lotações, como demonstrado na figura 1, que retrata a avaliação do efeito do ganho de peso e taxa de lotação média anual sobre a produtividade por hectare, considerando 52,0% de rendimento de carcaça.
Figura 1
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Autor: José Renato Silva Gonçalves, Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz – FEALQ – Fazenda Figueira – Londrina PR
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