Na primeira quinzena, o cenário deverá ser positivo, ou seja, semelhante ao verificado no mês anterior, mas a expectativa é de redução dos volumes a partir de meados de março.
Choveu bem em fevereiro e nas primeiras semanas de março, favorecendo as condições do solo para o desenvolvimento das plantas.
Observe na figura 1 que, em grande parte das regiões Centro-oeste e Norte, a disponibilidade de água no solo ficou acima de 80% entre os dias 3 e 7 de março.
Figura 1
Disponibilidade de água no solo no Brasil em março/2019 (entre os dias 3 e 7), em milímetros.

Fonte: Agritempo
Por ora, não foram registrados prejuízos às lavouras ou pastagens decorrentes das chuvas.
Entretanto, no norte do país, principalmente, as chuvas em excesso têm afetado as condições das estradas e, consequentemente, o transporte e o escoamento da safra de grãos (em fase de colheita) e dos bovinos para abate.
Em curto prazo…
As precipitações deverão seguir em bons volumes e bem distribuídas até meados de março.
No acumulado entre os dias 8 e 16 deste mês, estão previstos até 125-150 milímetros em áreas de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rondônia, Acre, São Paulo e Minas Gerais, além do oeste do Paraná e de Santa Catarina. Veja a figura 2.
Figura 2
Previsão de chuvas no Brasil entre os dias 8 e 16 de março de 2019, em milímetros.

Fonte: IGES | COLA
Em algumas regiões, onde as chuvas não deram trégua, aumentou a preocupação com relação à possibilidade de dificuldade de manejo e avanços dos trabalhos no campo (colheita ou semeadura), caso as chuvas continuem, em função da forte umidade do solo, que pode dificultar a entrada das máquinas e implementos.
Para a segunda metade de março, no entanto, a expectativa é de que os volumes de chuvas diminuam no Centro-sul e nas regiões Sudeste e Sul do Brasil (figura 3), o que reduz em parte essa preocupação nessas localidades.
Figura 3
Previsão de chuvas no Brasil entre os dias 16 e 24 março de 2019, em milímetros.

Fonte: IGES | COLA
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