Tecnologia e inovação marcam a evolução da pecuária no Brasil
Entenda como o Brasil se tornou referência mundial em pecuária graças às inovações e tecnologias aplicadas na atividade ao longo do tempo.
Entenda como o Brasil se tornou referência mundial em pecuária graças às inovações e tecnologias aplicadas na atividade ao longo do tempo.
A evolução da pecuária no Brasil foi uma conquista de longo prazo, alcançada com o apoio da ciência, da tecnologia, da disponibilidade de insumos modernos, de maquinários e de políticas públicas.
Hoje, o Brasil possui o maior rebanho bovino comercial do mundo e é um dos protagonistas globais na produção de alimentos. Segundo projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na década de 2018 a 2028 a produção de carne bovina do Brasil deverá crescer 1,7% ao ano.
O país se tornou referência em produção pecuária, com sua carne mundialmente reconhecida, graças às inovações aplicadas ao longo do tempo para melhorar o desempenho e a qualidade dos rebanhos.
Nas últimas décadas, a tecnologia emergiu como uma aliada indispensável na busca por soluções inovadoras, assumindo um papel fundamental para uma pecuária ainda mais eficiente e sustentável.
Até chegar ao patamar atual, a evolução da pecuária no Brasil passou por diversas fases. Registros históricos confirmam que a criação de gado foi uma atividade fundamental para a colonização do Brasil.
Quando os primeiros bovinos chegaram ao país no século XVI, na região Nordeste, o único objetivo era utilizar os animais para tração na agricultura e na exploração mineral.
Com o aumento dos rebanhos, foi necessário aumentar cada vez mais as áreas de pasto, que se expandiram até o Centro-Oeste. A pecuária bovina chegou ao Sul do país no século XVIII, onde se desenvolveu rapidamente, especialmente pela abundância de água, e logo se espalhou por todo o país.
Foi só no início do século XX que a bovinocultura brasileira começou a se especializar na produção de carne ou de leite, devido ao aumento no consumo destes produtos.
O desenvolvimento da pecuária no Brasil aconteceu de forma gradual, com a introdução de novas raças de bovinos, especialmente indianas e europeias, e com investimentos em tecnologia no melhoramento animal e nutrição.
Com o apoio de associações de raças e de instituições públicas de pesquisa, na segunda metade do século XX, surgiram diversos programas de acompanhamento do desempenho produtivo e reprodutivo.
A partir daí a bovinocultura passou a crescer em quantidade e qualidade, e se tornou competitiva frente a outros países.
Na década de 1970 a evolução da pecuária no Brasil foi marcada por forte apoio econômico e tecnológico, com projetos que ajudaram a pecuária de corte a alcançar o mercado de exportação.
Outro marco foi a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em 1973, que aprofundou os estudos sobre as tipologias animais e contribuiu para a criação de sistemas de produção adaptados aos diversos biomas nacionais.
Com o controle da febre aftosa, na década de 1990, o Brasil consolidou sua posição no mercado internacional como um dos principais exportadores de carne. No início dos anos 2000, a indústria nacional de processamento de carnes, com o apoio governamental alcançou novos patamares no setor de exportação.
Outro passo importante no desenvolvimento da pecuária foram os avanços zootécnicos na criação de bovinos, que se tornaram mais significativos nas últimas décadas do século passado.
Na reprodução, técnicas como inseminação artificial em tempo fixo (IATF) e a seleção de sêmen para obter bezerros de um sexo específico, melhoraram muito a eficiência dos rebanhos.
Estes investimentos em melhoramento genético contribuíram para tornar o Brasil um dos principais produtores e exportadores de carne e material genético do mundo.
A evolução na pecuária brasileira também foi marcada pela introdução de novas práticas de manejo, dos avanços nos métodos de nutrição e pastagem e pelo desenvolvimento de pesquisas que melhoram a eficiência da pecuária.
Com a chegada da tecnologia e da internet no campo, a forma de gestão da fazenda mudou. Hoje o produtor conta com o apoio de softwares que permitem o controle da produção e o monitoramento eletrônico do rebanho, e tem acesso a dados detalhados sobre o clima, qualidade do solo e índices de produtividade – tudo em tempo real.
A tecnologia de precisão facilita o dia a dia do campo por meio de ferramentas automatizadas, como balanças, bebedouros e cochos eletrônicos, pesagem automática de animais, ordenha robotizada, sensoriamento remoto e drones.
Uma das principais mudanças na atividade pecuária está no relacionamento do produtor com o meio ambiente. A pecuária atual é marcada por uma maior preocupação com a conservação do solo, a proteção dos recursos hídricos e da biodiversidade, e que busca conciliar a produção com a conservação ambiental e o bem-estar animal.
Diferente do que aconteceu no início da bovinocultura no Brasil, quando novas áreas de pastos eram abertas para atender à demanda dos rebanhos, a pecuária sustentável investe em tecnologia para ter maior produtividade sem abrir novas áreas.
Não existe mais espaço para a pecuária extensiva de baixa produtividade, com extensas áreas de floresta transformadas em pastagens para engorda do gado magro, ou que abria novas áreas com desmatamento e queimadas.
Todas essas mudanças são impulsionadas por fatores como a redução de gases do efeito estufa, maior rigor do mercado de exportação quanto à rastreabilidade e a sustentabilidade ambiental, e um mercado consumidor cada vez mais exigente.
Promover o uso sustentável da terra é um dos grandes desafios da pecuária brasileira. O país ainda possui imensas áreas deterioradas que podem ser recuperadas para aumentar a produtividade por hectare.
A recuperação de pastagens é um item importante nas metas do Brasil na redução dos gases de efeito estufa e, para isso, o manejo adequado do pasto e o controle de plantas daninhas têm um papel fundamental.
Para auxiliar o produtor nesse desafio, a Corteva Agriscience investe em pesquisa e desenvolvimento de soluções em herbicidas que permitam uma pecuária mais sustentável e produtiva.
Acompanhando as mudanças da pecuária, a marca desenvolveu a Linha Pastagem, com um portfólio de produtos que auxiliam o pecuarista a maximizar o uso da terra de forma sustentável.
Tecnologias em herbicidas auxiliam na redução de áreas de pastagem e maior produtividade
Estudos apontam que o Brasil tem registrado diminuição das áreas de pastagem, ou seja, a pecuária vem cedendo áreas para outras culturas na agricultura - como soja, milho, eucalipto, cana, além de regenerar algumas áreas de floresta. Ao mesmo tempo, a pecuária vem aumentando o tamanho do rebanho.
“Isso significa que a pecuária está com maior produtividade e maior capacidade de suporte. Na mesma área cabem mais animais, e isso é um excelente demonstrador de sustentabilidade da atividade”, explica o especialista Willian Nery, representante comercial de Pastagem da Corteva Agriscience.
Segundo Nery, esse aumento de capacidade de suporte e da sustentabilidade da pecuária está correlacionado com o herbicida de pastagem, que é a principal ferramenta para liberar mais áreas para outras culturas e diminuir a necessidade de desmatamento e expansão sobre novas áreas.
“As tecnologias da Corteva, presentes na linha de herbicidas de pastagem, exercem um papel fundamental nestes resultados, já que o uso destes produtos promovem uma limpeza da pastagem e, consequentemente, uma maior capacidade de suporte”, avalia.
Confira no gráfico abaixo:
Com boas práticas de produção, a pecuária cresce sem precisar abrir novas áreas. Segundo os Censos Agropecuários do IBGE, desde 1996 houve uma redução das áreas destinadas ao pasto para bovinos. A área total de pastagens do Brasil, que era de 177,93 milhões de hectares em 1996, reduziu para 149,67 milhões, em 2017.
Por outro lado, com a implementação de tecnologias modernas e a intensificação da produção, o rebanho bovino aumentou. Em 2023, o Brasil teve um rebanho bovino recorde de 238,6 milhões de cabeças e detém o maior rebanho bovino comercial do mundo.
Em setembro de 2018, após oito anos de pesquisas e testes em diversos biomas brasileiros, a Corteva Agriscience lançou a Tecnologia-XT, uma linha de herbicidas que chegou como método de controle definitivo de plantas daninhas duras e muito duras.
Sua formulação química diferenciada, composta por ingredientes ativos mais concentrados, permitiu que o produtor usasse doses menores por hectare, e tivesse mais eficiência no controle de plantas daninhas, sem danificar a pastagem.
Sempre em busca de soluções para ajudar o produtor produzir mais de forma sustentável, em 2021 a Corteva apresentou ao mercado a Tecnologia XT-S. Sua formulação combina os ativos Aminopiralide, Picloram e Fluroxipir em uma única solução, para uma atuação mais eficiente evitando misturas e com menor impacto no meio ambiente.
Versátil, com registro para aplicação costal, tratorizada ou aérea, a Tecnologia XT-S, age das folhas até a raiz, proporcionando um controle potente, que ajuda a pastagem a produzir mais, contribuindo para reduzir a abertura de novas áreas.
O lançamento mais recente da Corteva foi apresentado aos produtores em 2023: a Tecnologia Ultra-S.
Com uma combinação equilibrada de formulações, a Tecnologia Ultra-S permite que o pecuarista direcione os herbicidas conforme a necessidade e o tipo de infestação invasora.
“A Corteva tem em seu DNA a característica de, constantemente, lançar novas soluções para o controle de plantas invasoras em pastagem. Com o propósito de enriquecer a vida dos que produzem e dos que consomem, garantindo o progresso para as futuras gerações, temos como diretriz a sustentabilidade”, afirma o gerente de Marketing da Corteva, Felipe Couto.
Ele destaca que para o produtor rural, as tecnologias Ultra-S e XT-S trazem produtos mais concentrados, que reduzem o volume por hectare, e são mais eficientes, porque eliminam a necessidade de mistura, com performance superior nos segmentos de plantas em que são posicionados.
A tecnologia e inovação são os pilares para o desenvolvimento dos herbicidas da Linha Pastagem, que têm características específicas e por isso podem atender às necessidades diferentes de manejo de pastos.
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Plataforma-S impulsiona uso da tecnologia e inovação na pecuária
Para valorizar as melhores práticas sustentáveis na pecuária a Corteva lançou, em 2020, a Plataforma-S. Ela reúne um conjunto de iniciativas que estimulam o uso de boas práticas sustentáveis para o manejo de pastagem.
Uma das ações do programa é o Pecuarista-S, que reúne clientes para realizar estudo de pegada de carbono em fazendas e tem como princípios o aumento da produtividade, boas práticas agrícolas, respeito ao meio ambiente e respeito às pessoas. De 2020 a 2023, os Pecuaristas-S, clientes da Corteva que fazem parte do programa, sequestraram 131.352 toneladas de dióxido de carbono (CO2).
A Corteva já investiu mais de R$ 5 milhões em mais de 100 projetos da Plataforma-S, entre eles a recuperação de nascentes e áreas degradadas, reforma de escolas, construção de estufas e hortas, doações de materiais escolares, equipamentos, além da análise de pegada de carbono em diversas regiões
Legislação ambiental brasileira contribui para redução de carbono A legislação ambiental brasileira se destaca no contexto internacional e tem contribuição fundamental no desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. O Brasil é o único país que exige que todas as propriedades rurais mantenham uma área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal para a conservação da biodiversidade, sem qualquer compensação ou incentivo econômico. Isso foi comprovado por meio de um estudo realizado em 2017, que comparou a legislação brasileira ambiental do Brasil com outros seis países (Canadá, Estados Unidos, França, Alemanha, China e Argentina). A pesquisa analisou se os outros países possuem limitações ao uso das propriedades rurais, assim como o faz o novo Código Florestal brasileiro, uma das leis ambientais mais importantes do país. O resultado apontou que o Brasil possui as regras mais rígidas de proteção de Áreas de Preservação Permanente (APP) e à vegetação, incidindo sobre terras privadas. |