Os preços do boi gordo e categorias de reposição têm sido firmes nos últimos meses. O cenário de oferta curta de animais mais jovens contribuiu com a força dos preços da reposição. Colaborando com um desenho de um semestre no mercado do boi gordo muito positivo.
As exportações têm ajudado nesse cenário. Já que no mercado doméstico, a demanda por carne bovina não está forte. A economia, embora esboçando reação, ainda não tem sido capaz de dar fôlego ao consumo da proteína.
Na média de janeiro a junho, a cotação média do boi gordo, usando São Paulo como referência, foi de R$ 154,60/@, a prazo, livre de Funrural. Esse valor é 6,9% maior que a média do mesmo período do ano anterior, mas quando consideramos valores reais, ou seja, desconsiderando a inflação, houve um pequeno recuo, de 0,3%. Para o boi magro e bezerro, houve valorizações de 1,2% e 3,4%, respectivamente, também já tirando o efeito da inflação.
Mesmo com preços reais não muito diferentes da média do ano passado, temos falado de um mercado firme e em alta para o boi gordo. O fato é que o segundo semestre de 2018 foi mais fraco em termos de preços, com isso, as altas de 2019 são, em parte, uma recuperação.
Isso é percebido ao comparar a cotação do boi gordo em junho de 2019, com a do mesmo mês de 2018. O que gera uma alta de 3,8%, já descontando a inflação do período.
Final de safra do boi gordo
A figura abaixo mostra a evolução dos preços deste ano do boi gordo, boi magro e bezerro de doze meses em São Paulo, considerando janeiro como base 100. E é possível observar a alta das três categorias durante o primeiro semestre de 2019.
Evolução dos preços do boi gordo, bezerro e boi magro em São Paulo, considerando janeiro como base 100.
Fonte: Scot Consultoria
Entre maio e junho, houve desvalorizações do boi gordo, o que é comum para o período já que as pastagens perdem qualidade. O que força a venda de boiadas, gerando a chamada desova de final de safra.
Em 2019, os bons volumes de chuvas durante a safra colaboraram com uma venda menos concentrada ao final do período, com menos pressão sobre as cotações. Com isso, os preços em junho foram superiores aos de janeiro. Mesmo com a turbulência e pressão de baixa adicionais, devido ao caso atípico de vaca louca e suspensão temporária das exportações para a China.
Por estar próximo à terminação, o preço do boi magro tem alta correlação com o boi gordo. Com isso, as cotações foram “contaminadas” pelas duas semanas mais tensas no mercado dos bovinos terminados, durante o período de suspensão dos embarques.
Leia também: A importância da qualidade do pasto no custo da arroba
Para uma comparação, nos últimos dois anos, as cotações de junho foram menores que em janeiro para o boi gordo, enquanto em 2019 o valor nominal foi 0,9% maior.
Embora sutil, isso ilustra um final de safra mais firme. Para boi magro e bezerro, o cenário foi semelhante, mas com valorizações nominais maiores, de 5,8% para o boi magro e de 8,3% para o bezerro de ano.
Expectativas para o segundo semestre do mercado do boi gordo
Historicamente, safras menos pressionadas estão relacionadas a médias de preços mais positivas para o boi gordo.
Com isso, além da conjuntura de exportações indo bem e oferta de boiadas curta, a tendência é de preços em alta para o boi gordo no segundo semestre, ainda que limitados pela demanda doméstica.
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Autor: Hyberville Neto – médico veterinário
sou pecuarista e sempre procuro informações sobre preço da carne. preço do produtor e do metcado.
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