Blog •  13/10/2021

Furtos e roubos de gado estão cada vez mais comuns: aprenda a se prevenir

Something went wrong. Please try again later...
Furtos e roubos de gado estão cada vez mais comuns: aprenda a se prevenir

Medidas individuais e coletivas podem dificultar a ação de ladrões de animais

Não é de hoje que quem vive e trabalha na zona rural enfrenta problemas de segurança pública que evidenciam a vulnerabilidade do meio rural e colocam em risco os produtores e seus bens.

As principais ameaças são os furtos e roubos que, de acordo com um estudo feito pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em 2018, correspondem a 49% e 33% dos crimes cometidos no campo, respectivamente. Para se ter uma ideia do que esse número representa, nos últimos três anos, foram registrados cerca de 19,2 mil furtos e 2,3 mil roubos a propriedades rurais somente no estado do Paraná.

Nesses casos, é comum que o objeto desses furtos e roubos seja o rebanho do criador de gado, crime chamado de abigeato. “São vários os tipos de abigeato. Por exemplo, tem o que sangra o animal e retira uma parte da carcaça, deixando para trás a outra parte; tem o que leva todas as partes, ficando pequenos indícios da sangria como patas ou chifre”, enumera a produtora rural e vice-presidente da Comissão de Bovinocultura de Corte da Federação da Agricultura do Estado do Paraná, Ligia Buso.

Conforme ela, há ainda os furtos e roubos de animais vivos, que podem envolver de uma única cabeça de gado até rebanhos inteiros. “Tem ladrão que vem de caminhão durante a noite, abre a porteira ou corta a cerca, reúne os animais, coloca no caminhão e some. No dia seguinte, o produtor encontra o pasto vazio, porque 20, 40, 100, 200 cabeças de gado foram roubadas”, explica.

LEIA TAMBÉM: Pesquisador desenvolve “reconhecimento facial” para bovinos

Prevenção

Prevenir o abigeato depende tanto de medidas que podem ser tomadas pelos próprios produtores quanto daquelas de iniciativa do poder público. No primeiro grupo, estão incluídas ações que, de acordo com a Cartilha de Segurança Rural da FAEP, visam tornar as propriedades rurais mais seguras de forma geral. São elas:

  1. Promover a vigilância natural: tornar a propriedade mais visível ao seu entorno, seja evitando muros opacos ou investindo em boa iluminação, por exemplo.
  2. Fazer o reforço territorial: criar um espírito de comunidade entre os produtores da mesma região para cobrar das autoridades medidas como a pavimentação de estradas, a implantação de iluminação pública, a sinalização de estradas, etc.
  3. Controlar o acesso às propriedades: ter um único meio de acesso (porteira) à propriedade, próximo a um espaço com comunicação, e fazer o controle de quem entra ou sai.

A cartilha também recomenda a formação de um grupo de vizinhos, o uso de dispositivos de segurança em diversos pontos da fazenda e, ainda, a adoção de animais de guarda.

Outro tipo de medida que depende dos membros da cadeia produtiva de gado bovino é não alimentar o ciclo do crime. “Eu acredito que animais furtados em grande volume têm um destino certo, alguém que vai matá-los e tentar esquentar a documentação. Quando o animal é morto na fazenda e a carne é roubada, provavelmente é um açougue ou alguém que vai vender para pequenos comerciantes, sem a documentação”, diz Ligia.

Com isso em mente, os produtores devem investir na identificação de seus rebanhos, manter a documentação em dia e denunciar os furtos e roubos que ocorrerem em suas propriedades à polícia. Além disso, é importante que todos os membros da cadeia estejam atentos à origem e aos documentos dos animais ou da carne negociados. No caso do roubo de gado vivo, uma dica importante é observar as marcas a ferro feitas nos bichos, que não devem estar borradas.

Além de contribuir para a cadeia do crime, a não observância desses fatores pode fazer com que quem compra animais ou carne roubados possa ser responsabilizado por isso. “Quem compra produtos roubados também é um receptador. Então, também está sujeito a responder judicialmente por ter cooperado com o ladrão”, afirma a representante da FAEP.

Rede de informações

A prevenção dos furtos e roubos de gado também pode ser feita por meio de projetos de vigilância, como o desenvolvido pelos produtores de Santo Antônio da Platina em parceria com o sindicato rural do município, o Conselho Municipal de Segurança Pública e a Polícia Militar, que se baseia em uma rede de informações e ainda está em implantação.

“Fizemos uma identificação nas propriedades da região com placas, com o nome da fazenda e um QR Code que mostra o nome do proprietário e do responsável pela área, os telefones e a geolocalização da fazenda”, explica Ligia. Os mesmos dados também ficam disponíveis na delegacia de polícia que atende a região, assim o pedido de socorro é facilitado e os policiais conseguem verificar até o tempo necessário para chegar à propriedade onde ocorreu o crime.

A representante da FAEP diz ainda que um melhor preparo da polícia para atuar em zonas rurais também pode contribuir para reduzir o número de furtos e roubos de gado. Conforme ela, um dos problemas enfrentados é a dificuldade para localizar propriedades, principalmente considerando a extensão das áreas rurais. Outro é a falta de equipamentos adequados para trabalhar nessa região, como viaturas que transitem bem em estrada de chão.

VEJA TAMBÉM: Drones podem ajudar na contagem de gado

Como está essa questão na sua região? Já teve prejuízo com roubo ou furto de gado? Conte sua experiência para nós.

Solução em herbicida para pastagem

Para manter sua pastagem saudável e livre de plantas daninhas invasoras, é essencial escolher o herbicida para pastagem adequado. Neste contexto, o Tordon Ultra se destaca como uma solução confiável. O Tordon Ultra é um herbicida altamente eficaz projetado especificamente para o controle de plantas daninhas em pastagens, garantindo que o seu gado tenha acesso a uma área de alimentação de alta qualidade. Com sua capacidade comprovada de eliminar plantas indesejadas, o Tordon Ultra-S é a escolha preferida dos pecuaristas que buscam manter pastagens saudáveis e produtivas.