Com as programações de abate relativamente curtas, as indústrias frigoríficas encerraram março pisando no acelerador nas compras para reabastecer os estoques e atender à demanda no início de abril.
Com isso, mesmo após um mês em que, sazonalmente, há uma maior participação de fêmeas no abate total de bovinos, o preço da arroba do boi gordo teve alta de 1,0% na média das trinta e duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria no acumulado até o dia 27/3.
Em São Paulo, a valorização foi de 2,3%. No Maranhão, a cotação da arroba do boi gordo subiu 5,1% nesse mesmo período. Foram as maiores altas entre todas as praças.
A seguir, chamamos a atenção para dois pontos que refletiram diretamente no mercado nas últimas semanas e que ainda deverão direcionar os preços da arroba na primeira quinzena de abril:
1º A condição dos pastos
Após a seca nas primeiras semanas de 2019, fevereiro e março foram meses em que o volume de precipitações aumentou significativamente em relação ao início do ano, o que melhorou a capacidade de suporte das pastagens.
Aqui vale destacar que, em algumas regiões, o excesso de chuvas dificultou o transporte dos animais, reduzindo ainda mais a oferta de boiadas para o abate. Esse cenário ocorreu com maior frequência na região Norte do país.
A possibilidade de reter os animais na propriedade (com os pastos em boas condições) deu poder de barganha para os pecuaristas, que aproveitaram para negociar a boiada aos poucos, de maneira comedida, aguardando por preços maiores.
2º As escalas de abates enxutas
Com a oferta limitada, as indústrias encontraram dificuldade em compor as escalas de abate durante março inteiro.
Em São Paulo, por exemplo, na última semana de março, havia empresas com escalas prontas para atender apenas dois dias de abate. Nesses casos, houve ofertas de preços acima da referência.
A escala enxuta foi o motor que manteve as cotações firmes em março.
Expectativas de mercado
Com os estoques enxutos, as indústrias entraram em abril com necessidade de sair às compras de boiadas para abate com mais afinco.
Outro ponto importante é que, no início do mês, com o pagamento de salários, é natural que haja maior procura por carne bovina e melhora do escoamento, o que, associado à possibilidade dos pecuaristas negociarem de maneira compassada, deverá manter o mercado com as cotações sustentadas.
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Autor: Felippe Reis, Zootecnista.
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