Em outubro, o mercado do boi gordo ganhou força. Mesmo na segunda quinzena do mês, período comumente de consumo mais calmo, o preço do macho terminado subiu em 97% das 32 regiões pesquisadas pela Scot Consultoria. Apenas no oeste de Santa Catarina, onde a oferta tem sido suficiente para atender à demanda, o mercado se manteve.
Os principais fatores que deram força para o boi gordo foram a oferta restrita de boiadas e as exportações em alta.
Apenas nas três primeiras semanas de outubro, o Brasil já tinha embarcado 108,4 mil toneladas de carne bovina in natura (dados disponíveis até 31/10). Vale destacar que a média diária, de 7,74 mil toneladas, caso se mantenha até o fim do mês, o volume total exportado no mês será de 178,03 mil toneladas, recorde.
Além disso, um ponto importante e que pode impactar o mercado em curto prazo é a possibilidade de abertura de novas plantas frigoríficas para exportar carne bovina para a China. Em caso de confirmação, o volume de carne exportada tende a aumentar, o que deve dar ainda mais força para o mercado.
Portanto, para a primeira quinzena de novembro, chamamos a atenção para quatro pontos:
1º – Confinamento
O volume de bois de cocho, normalmente, é maior em outubro. Sendo assim, a oferta de boiadas provenientes de confinamento não deve ser suficiente a ponto de permitir que as indústrias pressionem o mercado de maneira efetiva.
Além disso, com a redução de animais de confinamento, a tendência é de que a oferta de animais terminados com até 30 meses de idade diminua.
Esse movimento deve fazer com que haja maior disputa por novilhas, uma vez que, para atender o mercado chinês, há o requisito de que o animal seja abatido com até 30 meses.
2º – Atraso das chuvas
O volume de precipitação em setembro e no início de outubro foi abaixo da média histórica, o que, além de atrasar o plantio de grãos (soja e milho de primeira safra), também deverá atrasar a recuperação das pastagens e, consequentemente, a chegada do boi de pasto ao mercado, o que deve manter os preços do boi gordo sustentados nas próximas semanas.
3º – Aumento da demanda
Sazonalmente, devido às contratações temporárias de final de ano, pagamento da primeira parcela do décimo terceiro e as festas, o consumo de carnes melhora no último bimestre, o que colabora com a precificação da carne bovina e do boi gordo.
4º – Exportação
De janeiro a setembro, o Brasil exportou 1,06 milhão de toneladas de carne bovina in natura, maior volume de toda a série histórica para o período.
E, com a demanda mundial aquecida, sobretudo da China, que, como abordamos anteriormente, deve habilitar novas plantas, a tendência é de que o Brasil exporte bons volumes nessa reta final de 2019.
Conclusão
O momento é favorável para os preços de venda. Caso não haja mudança do cenário atual (oferta restrita de boiadas) e o consumo melhore (o que é comum nas primeiras quinzenas), deve haver boas oportunidades para a venda de bois nas próximas semanas.
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