Blog •  15/02/2023

Daninhas nas pastagens: controle e pontos de atenção!

Autora:  Jéssica Olivier, engenheira agrônoma
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As daninhas apresentam rusticidade, sendo bastante competitivas frente às plantas cultivadas e podendo causar prejuízos à atividade.

Plantas que não são utilizadas para alimentação humana ou do rebanho, como fonte de fibra ou de biomassa, são consideradas “indesejáveis”.

No ambiente agrícola, as plantas invasoras prejudicam o desenvolvimento das plantas cultivadas, seja pela competição direta, seja pela indireta (tabela 1).

Tabela 1
Classificação de fatores de competição entre plantas cultivadas e daninhas


Fonte: Scot Consultoria

São denominadas plantas daninhas aquelas com as seguintes características: dormência de sementes; não melhoradas geneticamente; rusticidade quanto ao ataque de pragas e doenças; produção de muitas sementes por plantas; facilidade de dispersão por vento, água e animais; germinação desuniforme; e, geralmente, mais de uma forma de se multiplicar (sementes, rizomas, bulbos, tubérculos e raízes).

Devido à maior rusticidade quando comparadas às plantas cultivadas, as daninhas apresentam maior resistência às intempéries climáticas, principalmente quanto ao estresse hídrico.

Assim, com a retomada das chuvas, a planta daninha tem condições ótimas para desenvolvimento, competindo com o capim pelos nutrientes disponíveis na área.

Nesse momento, o manejo deficitário do capim pode resultar em perda de área para a planta daninha. Os pontos de atenção devem ser quanto à boa rebrota do capim, uso de fertilizantes e respeitar as alturas de entrada e saída, de acordo com a cultivar.

Seguindo esses pontos, a planta consegue competir com a daninha e ter um bom estabelecimento após a rebrota, assim a infestação do pasto pelas daninhas é minimizada e até mesmo evitada.

Momento de controle

Para o produtor que ainda não tem áreas de pastagens implantadas, o controle das invasoras começa na aquisição de sementes de boa qualidade, com garantia e certificação, que garantem a procedência do material que será semeado.

Além disso, o emprego correto da cultivar na área ou região combinado com o bom empenho agronômico para fornecimento de nutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio etc.) garantem o pontapé inicial da gramínea, permitindo que seu estabelecimento seja uniforme e rápido.

Em uma pastagem recém-implantada ou não, a preocupação deve ser quanto à quantidade de UAs (Unidade Animal) na área. É importante saber qual é a capacidade de produção da gramínea e correlacionar com o consumo da categoria animal a ser alocada no piquete. O consumo não deve ultrapassar a produção de capim.

Além disso, o manejo do pastejo deve ser controlado de forma correta, seja por meio da rotação – ou não – do piquete, ou da taxa de lotação – variável ou não, sempre respeitando a altura de entrada e saída da forragem.

Seguindo esses passos, é permitido o bom vigor do capim, mantendo sua capacidade competitiva frente às invasoras.

Por fim, e não menos importante, o emprego dos herbicidas para o controle das daninhas deve ser uma carta na manga do produtor. As instruções adequadas de uso e diluição devem ser seguidas à risca, a fim de ter uma aplicação excelente e efetividade no controle das invasoras.

Ainda sobre os herbicidas, é necessário checar a bula do produto adquirido, a fim de saber quais invasoras podem ser eliminadas da área. A diversidade das plantas daninhas existentes no mundo agro é grande e os produtos da Corteva Agriscience cobrem uma grande gama delas. Confira na tabela a seguir.

Tabela 2
Produtos da Corteva Agriscience destinados ao controle de plantas daninhas em pastagens

Planta daninha

DMA® 806 BR

DominumXT®-S

Garlon® 480 BR

Padron®

Panoramic®

PlanadorXT®-S

Stopper®

Tordn XT®

TruenoXT®

Truper®

Agriãozinho (Synedrellopsis grisebachii)

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Algodão voluntário (Gossypium hirsutum)

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Amarelinho (Tecoma stans)

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Amendoim-bravo, leiteira (Aeschynomene denticulata)

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Angiquinho, pinheirinho (Aeschynomene rudis)

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Apaga-fogo (Alternanthere tenella)

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Araticum-miúdo (Duguetia furfuracea)

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Aroeirinha (Schinus terebinthifolius)

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Aromita (Acacia farnesiana)

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Arranha-gato (Acacia plumosa)

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Assa-peixe (Vernonia scabra)

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Assa-peixe-branco (Vernonia polyanthes)

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Assa-peixe-roxo (Vernonia westiniana)

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Beldroega (Portulaca oleracea)

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Buva (Conyza bonariensis)

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Cabriteiro (Bauhinia curvula)

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Cagaita (Eugenia dysenterica)

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Camboatá (Tapirira guianensis)

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Caraguatá (Eryngium horridum)

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Carqueja (Baccharis trimera)

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Caruru-rasteiro (Amaranthus deflexus)

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Caruru-verde (Amaranthus viridis)

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Casadinha (Eupatorium squalidum)

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Cheirosa (Hyptis suaveolens)

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Chumbinho (Lantana camara)

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Ciganinha (Memora peregrina)

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Cipó-de-cobra (Mansoa difficilis)

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Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia)

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Dormideira (Mimosa pudica)

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Erva-quente (Spermacoce alata)

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Erva-quente (Spermacoce latifolia)

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Espinho agulha (Barnadesia rosea)

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Falsa-serralha (Emilia sonchifolia)

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Fedegoso-branco (Senna obtusifolia)

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Gervão-branco (Croton glandulosus)

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Guanxuma (Sida rhombifolia)

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Guanxuma (Sida santaremnensis)

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Guanxuma-branca (Sida glaziovii)

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Joá (Solanum sisymbriifolium)

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Joá-bravo (Solanum acculeatissimum)

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Jurubeba (Solanum paniculatum)

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Leiteiro (Peschiera fuchsiaefolia)

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Lobeira (Solanum lycocarpum)

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Losna-do-campo (Ambrosia elatior)

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Malva-branca (Sida cordifolia)

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Malva-branca (Waltheria indica)

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Malva-preta (Sidastrum paniculatum)

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Malva-relógio (Sida acuta cv carpinifolia)

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Malva-roxa (Sidastrum paniculatum)

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Malva-veludo (Waltheria indica)

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Mamica-de-porca (Zantholylum hasslerianum)

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Maria-mole (Senecio brasiliensis)

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Mata-pasto (Eupatorium maximilianii)

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Mucunã (Dioclea grandiflora)

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Pata-de-vaca (Bauhinia variegata)

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Pau-de-angu (Machaerium aculeatum)

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Picão-branco, fazendeiro (Galinsoga parviflora)

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Pindoba (Orbignya phalerata)

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Poaia-branca (Richardia brasiliensis)

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Soja tiguera (Glycine max)

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Tiririca (Cyperus rotundus)

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Trapoeraba (Commelina benghalensis)

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Fonte: Corteva Agriscience

Em caso de dúvidas, contate um de nossos especialistas que atua na sua região.

Solução em herbicida para pastagem

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