Saiba por que a braquiária é fundamental na nutrição do gado e quais são as principais espécies
Conheça os principais tipos de braquiária, dicas práticas para o manejo e como garantir a correta adaptação para uma forragem nutritiva.
Conheça os principais tipos de braquiária, dicas práticas para o manejo e como garantir a correta adaptação para uma forragem nutritiva.
A braquiária é uma das forrageiras mais cultivadas no Brasil, essencial para a pecuária e a agricultura. Com alta adaptação a diferentes solos e climas, ela melhora a nutrição do gado e contribui para a conservação do solo.
Além de alimento para o rebanho, a braquiária ajuda no controle da erosão e na produtividade agrícola. Sua versatilidade a torna indispensável para produtores rurais.
Neste artigo, conheça as principais espécies, seus benefícios e como fazer um manejo eficiente para maximizar seus resultados.
Popularmente conhecida como braquiária, a forrageira é do gênero de plantas da família das gramíneas, e recebeu esse nome por pertencer ao gênero Brachiaria.
Pela boa resistência a fogo, seca, frio, doenças e pragas, as braquiárias são as forrageiras mais semeadas no Brasil, sendo fornecidas aos animais nas fases de cria, recria e engorda.
Sua utilização, antes, era feita apenas para a alimentação do gado, ganhando destaque entre os pecuaristas. Porém, devido às mudanças do sistema de manejo de algumas propriedades para o plantio direto, com o desenvolvimento dos estudos e a junção do sistema agrícola e do pecuário, a gramínea versátil passou a ser utilizada na agricultura e assumiu importância nos Sistemas Integrados de Produção Agrícola. Ou seja, o uso da braquiária na produção de grãos ganhou força também.
A braquiária apresenta diversas características que a tornam essencial para o setor agropecuário:
Adaptação a solos ácidos: tolera elevados teores de alumínio tóxico.
Capacidade de produção em solos de baixa fertilidade: cresce bem mesmo com baixos teores de fósforo e cálcio.
Boa rebrota: ideal para pastejo intensificado.
Proteção do solo: evita erosão e melhora a estruturação do solo.
Sistema radicular agressivo: melhora a infiltração da água e a ciclagem de nutrientes.
Se são muitas as vantagens de semear a forrageira, também são diversas as espécies disponíveis, cada uma com características específicas para diferentes solos e climas.
Espécie mais cultivada no Brasil, ocupando cerca de 50% das forragens.
Porte alto, alta produtividade e boa resistência à seca e ao frio.
Indicada para solos de média a alta fertilidade.
Porte baixo a médio, resistente à seca e ao fogo.
Indicada para solos de baixa fertilidade.
Baixa resistência à cigarrinha, uma praga comum em pastagens.
Recomendada para regiões com baixa precipitação pluviométrica.
Porte médio a alto, adaptada a solos ácidos e de baixa fertilidade.
Excelente opção para cobertura do solo no plantio direto.
Além das mais conhecidas, há outras espécies com características específicas:
Brachiaria mutica: porte alto, boa produtividade, resistente à seca, mas considerada invasora em algumas lavouras.
Brachiaria humidicola: porte médio a alto, adaptada a solos úmidos e ácidos, recomendada para climas quentes e úmidos.
O manejo adequado da braquiária maximiza a produção de forragem, melhora a qualidade do solo e evita o avanço de plantas invasoras. Para isso, siga estes cinco passos:
A braquiária responde bem à adubação com nitrogênio, fósforo e potássio. O uso de adubos deve ser baseado em análises de solo e recomendações técnicas.
Monitorar a presença de pragas como cigarrinha, antracnose e ferrugem é essencial. Medidas de controle incluem herbicidas e controle biológico.
Embora a braquiária tolere solos secos, o manejo hídrico adequado melhora a produção de forragem. Em solos úmidos, pode ser necessário drenagem para evitar a compactação.
Evite o superpastejo e a degradação das pastagens por meio da rotação de piquetes e controle da carga animal.
Algumas espécies podem se tornar agressivas em determinadas regiões. Monitorar e adotar medidas para evitar sua disseminação é essencial para a saúde do pasto.