Relação de troca é importante indicador econômico na pecuária
Pecuarista pode ter melhores tomadas de decisão a partir da análise do seu poder de compra a partir da receita gerada pela venda do boi.
Pecuarista pode ter melhores tomadas de decisão a partir da análise do seu poder de compra a partir da receita gerada pela venda do boi.
A relação de troca na pecuária é um indicador econômico que indica a capacidade de compra de um pecuarista ao vender o seu produto, ou seja, o boi gordo. A análise de seu histórico pode ser fundamental para a tomada de decisões do negócio.
De acordo com Felipe de Lima Junqueira Franco Fabbri, zootecnista, analista de mercado e coordenador da equipe de inteligência de mercado da Scot Consultoria, na relação de troca o pecuarista pode mensurar quanto do seu produto, no caso do boi gordo a medida é em arrobas, será necessário para comprar um insumo agrícola, por exemplo.
Avaliar esta informação serve para identificar momentos mais atrativos para comprar determinado produto necessário para a atividade. Isso significa aproveitar oportunidades de compras menos onerosas, reduzindo os custos de produção e beneficiando o lucro da propriedade.
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Fabbri enfatiza que indicativos mostram que a pecuária de corte brasileira está no início de uma fase de alta dentro do seu ciclo pecuário de preços – que deve durar até 2027/2028. Durante esse período, a tendência é que a arroba do boi gordo tenha uma valorização expressiva.
“Considerando que no último ciclo de alta (2019/2021) estivemos diante de um contexto de pandemia e o custo de tudo subiu, esperamos para o próximo ciclo de alta um quadro de pouco impacto negativo do lado da oferta dos produtos e uma acomodação para os preços de insumos como os defensivos e os fertilizantes, o que deve permear uma boa condição de relação de troca ao pecuarista”, afirma.
Entretanto, o câmbio é um ponto de atenção. Com a desvalorização do real frente ao dólar, o custo de produção dos insumos aumenta, pois a maior parte do processo produtivo leva em consideração a compra pela moeda norte-americana. “O que deve fazer com que os próximos anos sejam de oportunidade para o investimento no principal ativo do pecuarista, que é o pasto”, observa.
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Felipe exemplifica uma relação de troca na pecuária com uma situação hipotética, na qual uma tonelada de milho tem o custo de R$ 1.000,00 na região do pecuarista e a arroba do boi gordo está apregoada em R$ 300,00.
Para calcular a relação de troca entre o boi gordo e o milho é necessário dividir o preço do insumo (R$/t) pelo preço da arroba (R$/@). No caso deste exemplo, serão necessárias 3,3 arrobas de boi gordo para a compra do insumo.
“Supondo que o preço do milho subisse para R$ 1.200,00/t, mas a cotação da arroba do boi gordo permaneceu estável – neste caso, serão necessárias 4,0 arrobas de boi gordo. Ou seja, o poder de compra do pecuarista, neste caso, piorou. A relação de troca pode ser feita com vários outros insumos na atividade e, mantendo um histórico das informações, é possível identificar se o momento está mais ou menos atrativo à compra de determinado produto frente ao histórico da informação”, explica o zootecnista.
Essa mesma linha de raciocínio pode ser aplicada para outras categorias de despesas, como sementes, defensivos agrícolas e herbicidas para limpar o pasto.
Uma pastagem com manejo adequado, limpa e saudável vai resultar em um rebanho que ganha mais peso, aumentando a produtividade por hectare e a rentabilidade do pecuarista. Investir no pasto sempre será fundamental para o sucesso da atividade pecuária.
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O clima pode interferir de maneira indireta na relação de troca, já que pode promover consequências para a pecuária como quebra de produção, aumento de preços de insumos e menor ganho diário por hectare (kg/ha) no sistema de pasto.
“Uma pastagem com problema climático faz com que o peso de carcaça por bovino para a terminação leve mais tempo para chegar ou que seja necessário um abate mais leve – ou seja, há maior dificuldade para o meu aumento de ganho por hectares”, esclarece Fabbri.
Por outro lado, o zootecnista aponta que “há a possibilidade de uma boa conjuntura climática para a produção de grãos, abrindo espaço para um maior fluxo de navios para embarques de determinados produtos, podendo, indiretamente, tornar o frete mais oneroso e aumentar o preço de outros insumos, entre outras situações que o clima pode afetar a relação de troca”.
A produtividade é, sem dúvida, um dos fatores mais importantes para a lucratividade da propriedade. “A associação de ganhos produtivos – mais arrobas produzidas por hectare – pode prover melhora na saúde econômica da pecuária, pois ‘sobra’ mais arrobas por hectare para maiores investimentos”, destaca Fabbri.
O especialista ressalta ainda que a estratégia de aumentar a quantidade de arrobas produzidas por hectare serve como uma blindagem para o pecuarista nos períodos de aumento de preços dos insumos ou em um ciclo de baixa da pecuária, e ainda assegura uma boa gestão de caixa durante a fase de alta.
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Uma das estratégias para garantir um pasto saudável e produtivo para o rebanho, resultando em uma alimentação mais nutritiva e maior ganho de peso dos animais, é fazer o manejo adequado com os herbicidas da Linha Pastagem da Corteva Agriscience.
Os produtos foram desenvolvidos para o pecuarista gerenciar os desafios com as plantas daninhas e restaurar a produtividade por hectare com tecnologia, eficiência e sustentabilidade para o meio ambiente.
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