Conheça o Nelore, uma raça zebuína originária da Índia, essencial para a pecuária brasileira por sua adaptabilidade ao clima tropical e alta produtividade
A agropecuária brasileira é um pilar da economia e um destaque global. Em 2021, mais de 39 milhões de cabeças de gado foram abatidas, consolidando o Brasil como o maior exportador de carne bovina, atendendo mais de 100 países, além de ser o segundo maior produtor mundial.
Esse setor representa 10,5% do PIB nacional, com uma área de pastagem de cerca de 160 milhões de hectares.
O avanço dessa produção está diretamente ligado à introdução e ao sucesso das raças zebuínas, que hoje compõem mais de 80% do rebanho nacional. Entre elas, o Nelore se destaca como a base da pecuária brasileira.
Mas o que torna o Nelore tão especial? Quais são suas características principais e como ele contribui para o sucesso da pecuária no Brasil? Descubra essas respostas a seguir e entenda por que essa raça é sinônimo de excelência.
O Nelore é uma das raças bovinas mais importantes para a pecuária brasileira e mundial, sendo originária da Índia e pertencente ao grupo de raças zebuínas.
Sua introdução no Brasil, entre os séculos XIX e XX, revolucionou a produção de carne no país devido à sua incrível capacidade de adaptação ao clima tropical, resistência a doenças e eficiência em sistemas de manejo extensivo.
Hoje, o Nelore compõe a maioria do rebanho brasileiro, representando a base da produção de carne no país. É uma raça símbolo da pecuária nacional e referência em produtividade e sustentabilidade.
Confira abaixo quais são as características que fizeram do Nelore um sucesso na pecuária brasileira:
O boi Nelore se destaca pela capacidade única de se adaptar ao clima tropical, sendo altamente resistente ao calor intenso e às condições climáticas variáveis do Brasil. Sua pele clara e pelos curtos ajudam a dissipar o calor, enquanto a tolerância a períodos de seca garante sua sobrevivência e produtividade em regiões com pouca água ou pastagens de baixa qualidade.
Uma das grandes vantagens do Nelore é sua eficiência no aproveitamento de pastagens tropicais, que são frequentemente mais fibrosas e de menor qualidade em comparação a outros tipos de alimentação.
Além disso, o Nelore requer menos suplementação alimentar, o que o torna ideal para sistemas de produção extensiva, reduzindo custos e aumentando a viabilidade econômica da pecuária.
O Nelore possui uma notável resistência a doenças e parasitas comuns em climas tropicais. Sua pele firme e densa dificulta o ataque de carrapatos e outros ectoparasitas, enquanto seu sistema imunológico robusto contribui para a redução de problemas de saúde, minimizando a necessidade de tratamentos médicos frequentes.
Outra característica marcante do Nelore é seu excelente desempenho reprodutivo. As fêmeas possuem alta fertilidade e facilidade de parto, o que garante maior taxa de sobrevivência dos bezerros e acelera o crescimento dos rebanhos.
Essa eficiência é fundamental para manter a produtividade e a competitividade da pecuária brasileira.
O boi Nelore também é conhecido pela produção de carne magra e de boa qualidade, muito valorizada no mercado internacional.
Apesar de ter menos marmoreio do que algumas raças europeias, a carne do Nelore atende às demandas por cortes saudáveis, mantendo sabor e maciez, especialmente quando criada em sistemas de manejo adequados.
Segundo Ricardo Abreu, gerente de fomento do Programa de Melhoramento Genético da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu): “na média, os animais da raça Nelore, assim como as raças zebuínas, são de índole de proteção ao rebanho e às suas crias.
É de fato um gado que, na seleção, possui ótimo temperamento proveniente de um manejo racional”. Ele também indica que, pelo contato com os produtores em campo, o usual é comentarem que são animais manejados com maior segurança e facilidade, de bom ganho de peso e boa conformação frigorífica.
Uma vantagem é que ocupam menor espaço no cocho, o que reduz riscos de lesões. Ele também afirma que as fêmeas são dóceis.
O cuidado com a raça Nelore passa pelo manejo da pastagem, o que interfere diretamente na nutrição dos animais.
Sendo assim, o controle de plantas daninhas nas áreas de pasto é fundamental para que as forrageiras sejam produtivas e forneçam capim com alta qualidade nutricional. E a boa notícia é que, com baixo investimento, essa prática pode beneficiar diretamente os resultados financeiros do pecuarista.
Sob o ponto de vista da gestão, a orientação é tratar o pasto como a agricultura faz. Ou seja, cuidar também da área efetiva para o pastejo, da planta que será a principal alimentação dos animais. Isso significa investir na limpeza das ervas daninhas, na adubação e no manejo de pasto adequado que reflete 100% na produtividade.
Os produtos da Linha Pastagem da Corteva Agriscience ajudam a manter o pasto limpo de plantas daninhas, pois utilizam herbicidas como o DominumXT-S, o PlanadorXT-S e o TruenoXT-S, que são aplicados de forma aérea e tratorizada.
A Tecnologia XT-S possui uma formulação inovadora e oferece amplo espectro de controle de plantas daninhas em pastagens, oferecendo maior proteção e menor impacto ao meio ambiente.
Esse olhar para o pasto rende uma engorda mais eficiente e rentável dos animais que, somada a outras boas práticas de manejo (lotes menores, pastos rotacionados e cercas elétricas são alguns exemplos), resulta no bem-estar do animal.
