Estima-se que 50 a 60% das áreas de pastagens estão em processo de degradação. Estas áreas apresentam capacidade de suporte muito inferior àquela que poderia ser alcançada se os pastos fossem produtivos, o que representaria um aumento importante nos índices zootécnicos e na capacidade produtiva da área.
Desde o início dos anos 2000, um grupo de pesquisadores de Universidades Federais e centros de pesquisa tem avaliado as respostas das plantas forrageiras tropicais e dos animais mantidos em pastagens, com o objetivo de melhorar a eficiência produtiva e reduzir a degradação dos pastos.
Depois de quase 20 anos de pesquisas aplicadas foi gerada uma recomendação simples de manejo, que permite melhorar o potencial produtivo das forrageiras, melhorar a eficiência de colheita da forragem pelos animais em pastejo, e, como consequência, manter a perenidade das pastagens no sistema de produção. Ainda se observou que havia a possibilidade de melhoria da utilização dos pastos ao longo do ano, melhorando ganhos no período seco.
A recomendação do manejo gerada pela pesquisa está baseada no conceito de manutenção da condição dos pastos. Para isso, utiliza-se a altura do dossel forrageiro como critério para determinação do momento da tomada de decisão do manejo de um pasto.
Assim, os momentos de entrada e de saída dos animais dos piquetes (pastejo rotacionado) devem ser baseados em alturas do dossel pré-determinadas (Tabela 1). É importante manter os pastos dentro de faixas de alturas durante todo o ano, quando o pastejo for contínuo (Tabela 2).
Para medir a altura dos pastos é necessário utilizar uma régua graduada em centímetros, ou a régua de manejo de pastagens. A avaliação deve ser realizada semanalmente, para que se mantenha o controle da condição dos pastos.
Com a experiência do manejador e com o monitoramento frequente, a altura dos pastos pode ser usada como ferramenta de ajuste de lotação. Assim, mais animais devem ser colocados nos piquetes quando a altura do pasto estiver acima da meta. Já quando a altura estiver próxima a meta mínima, menos animais devem permanecer nos piquetes.
É importante frisar que somente o manejo de altura das pastagens não resolve o problema da baixa produtividade dos pastos ou da redução da capacidade de suporte. A correção e adubação do sistema de produção também são necessárias, para que as alturas de manejo possam ser alcançadas e mantidas dentro das metas ao longo do ano todo.
Solos sem correção e com baixa fertilidade influenciam no tempo de recuperação da pastagem, assim como as plantas daninhas que competem com a forrageira por: água, luz, espaço e nutrientes. Essa competição é prejudicial e faz com que a forrageira produza abaixo do seu potencial e leve mais tempo para alcançar a altura ideal para a entrada dos animais novamente no piquete, impactando diretamente em sua produtividade.
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Ou seja, a manutenção das alturas só será alcançada em pastos produtivos, que não estejam em processo de degradação. Ainda, a altura-meta de entrada dos piquetes, sob pastejo rotacionado (Tabela 1) só será alcançada na época das águas.
No período seco, recomenda-se que a as alturas mínimas de saída, para pastejo rotacionado (Tabela 1) e contínuo (Tabela 2) sejam mantidas. Esta prática resultará em uma rebrota mais rápida dos pastos após as primeiras chuvas, garantindo a recuperação da capacidade de suporte durante a transição seca-águas.
Tabela 1
Alturas pré e pós pastejo recomendadas para manejo de gramíneas sob lotação rotacionada.
Fonte: autora
Tabela 2
Recomendação de altura do dossel para cultivares de Brachiaria brizantha e Cynodon spp., sob lotação contínua baseados em experimentos de pastejo.
Fonte: autora
Conclusões
O uso da altura de manejo do dossel forrageiro é uma ferramenta simples, que não exige investimentos ou altas tecnologias, sendo assim, pode ser incorporada facilmente na rotina da propriedade, servindo como indicador para ajustar a lotação dos pastos.
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Sobre a autora: Denise Baptaglin Montagner, pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, possui graduação em Zootecnia pela Universidade Federal de Santa Maria (2001), mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal de Santa Maria (2003) e doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (2007).