Especial Dia do Pecuarista: dedicação por paixão
Pecuarista da Bahia conta como o amor pela vida na fazenda e pelo trabalho com os animais foi fundamental para sua evolução no agronegócio e prosperidade
Pecuarista da Bahia conta como o amor pela vida na fazenda e pelo trabalho com os animais foi fundamental para sua evolução no agronegócio e prosperidade
Um homem apaixonado pela vida na fazenda e pelo trabalho com a pecuária. Esse é Marcelo Andrade de Almeida, 62 anos, que você vai conhecer agora na série especial em celebração ao Dia do Pecuarista, comemorado no dia 15 de julho.
Marido da Sandra, pai do Mateus e do Gabriel e avô do Arthur, o pecuarista começou a sua trajetória no agronegócio ainda na infância. Marcelo cresceu em Salvador, na Bahia, e as férias escolares tinham destino certo – a fazenda em Itagibá. “Meu pai, Pericles Costa de Almeida, começou a vida plantando cana-de-açúcar, assim como meu avô, no Recôncavo Baiano e depois resolveu procurar uma fazenda em Minas Gerais. Mas chegando em Itagibá, gostou muito da região e acabou comprando uma fazenda lá junto com o meu tio José Amado de Freitas. Na época, a dificuldade era muito grande para chegar na fazenda. Tinha um trecho que só passava montado em burro. Meu pai vivia nessa fazenda, trabalhava com pecuária de leite e engorda e mantinha os 5 filhos no colégio Marista, em Salvador. A propriedade era relativamente pequena, mas ele entregava todo o seu tempo nela”, conta.
Pela distância da família, a fazenda acabou sendo vendida e o patriarca comprou outra a 100 quilômetros de Salvador, no município de Terra Nova. “Eu lembro que naquele tempo não se usava sal mineral, os plantios de capim eram feitos com mudas, a gente não tinha semente e herbicida nem se falava. O que se fazia na região eram os 3Fs – foice, fogo e folga para tratar as pastagens”, afirma.
Marcelo assumiu a fazenda em 1988, com 28 anos, após o pai sofrer um AVC. “Tudo que eu fazia era sempre seguindo as orientações dele, que sempre me apoiava nas decisões e me deixava cada vez mais incentivado para dar continuidade na atividade”, conta. Com o falecimento do pai, em 1994, uma parte da fazenda foi arrendada para a família e a outra Marcelo cuidou para a mãe, investindo em novidades para aumentar a rentabilidade do negócio. Inseminação artificial, plantação de capim com sementes e uso de sal mineral foram algumas das estratégias utilizadas para melhorar a performance da propriedade.
Com o tempo, o pecuarista adquiriu uma pequena área em Aramari, próxima de Pedrão (BA), e depois a família resolveu vender a fazenda que o pai tinha dado início. Marcelo seguiu trabalhando e adquiriu mais áreas próximas, sempre oferecidas pelos vizinhos. “Nunca procurei nada para comprar e hoje tô aqui, na fazenda que coloquei o nome de Santa Maria de Jenipapo, com 1100 tarefas”, destaca o pecuarista, que também indicava boas fazendas para outras pessoas comprarem e ajudava na compra e venda de gado.
Marcelo, que chegou a fazer a faculdade de Engenharia Civil, mas não se formou porque a paixão pela pecuária falou mais forte, investe em terras próprias e também em parceria com sócios. “Assim crescemos aos poucos, aumentando as áreas e o rebanho. Comprei uma fazenda em Itagibá e ampliei a de Santa Maria do Jenipapo. Também conheci Silvio Humberto de Vieira Régis, passamos a fazer negociações de gado e nos tornamos parceiros para ampliar os negócios. Fazíamos arrendamentos e aluguéis na região e compramos juntos a fazenda Leão dos Brejos. Fazemos a cria, recria e engorda e hoje, no total das propriedades, trabalhamos com média de 5 a 6 mil cabeças de gado. Estamos juntos há quase 30 anos e a confiança, a seriedade e o comprometimento só fizeram fortalecer o nosso negócio e a nossa amizade”, ressalta.
Marcelo enfatiza que começou a usar novas tecnologias para melhorar a produção – entre elas o uso de herbicidas de pastagens da Corteva Agriscience. Também investiu na plantação de capim com semente incrustada, sal mineral, sal proteinado, ração e semi-confinamento. “Plantamos capim e usamos os mais modernos tratamentos de pastagem com os herbicidas da Corteva Agriscience. Sempre muito bem-orientados pela equipe da Rural, distribuidora dos produtos. Sou muito bem-atendido pelo Iago e pelo Vinicius e tenho todo apoio do Marcelo Leão e do Ricardo. Eu só uso produtos da Corteva, pois são de excelência. Além disso, a assistência técnica que eles me dão geralmente no pós-venda me deixa muito satisfeito com o trabalho deles e com o resultado”, explica.
Para Marcelo, o carro-chefe dos herbicidas em suas propriedades é o DominumXT®-S, seguido do TordonUltra™-S e o Padron®. “Hoje, eu faço trabalho até com aplicação via drone e fiquei encantado com o resultado e a eficiência. Sempre obedeço a fórmula indicada pelos agrônomos. Eles vão na área, identificam o tipo de daninha, a altura e a topografia do terreno. A partir daí eles fazem o relatório das áreas, informando custos, e com base nessas informações eu faço todo o meu planejamento. A pecuária saiu da época do homem das pedras para o homem que chegou à Lua. Eu vivo exclusivamente da pecuária, deixei a Engenharia Civil para fazer o que mais gosto na vida, que é cuidar de fazenda. Já dei palestras e o que eu sempre digo: eu faço do meu dever o meu prazer. A pecuária é uma paixão”, declara.
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Os pilares para o crescimento sustentável das fazendas de Marcelo são genética, manejo e suplementação. “Sempre trabalhamos com uma genética de excelência e quando falo em manejo de pastagens, falo de pastagem de boa qualidade, tratada e, se possível, adubada. Usamos também cerca elétrica e a rotação de pastagens para aumentar a produtividade e otimizar processos de manejo”, observa.
Para garantir o bem-estar animal, o pecuarista promove cursos mensais dentro do curral. Inclusive, a equipe da Corteva Agriscience já participou para falar sobre o uso de herbicidas. O manejo é outro tema prioritário. “Chamamos até os vaqueiros vizinhos para trabalhar dentro do curral com ‘nada’ nas mãos, somente olhando para os animais e fazendo pressão com o corpo. É um manejo que funciona muito bem. Também preservamos o máximo possível de árvores nas pastagens para garantir sombreamento e oferecemos água em bebedouros, se possível de poços ou nascentes”, acrescenta.
O meio ambiente também recebe atenção especial por parte do pecuarista – em uma de suas propriedades, localizada em Itaberaba, existem 12 nascentes de água, todas na serra. “Elas são intocáveis e atendem toda a fazenda por gravidade. É uma reserva mesmo que a gente deixa praticamente sem acesso nenhum”, afirma.
O encanto pela pecuária também já dominou a trajetória dos filhos de Marcelo. Mateus é engenheiro civil, como o pai, mas sempre está nas fazendas. Já Gabriel é formado em Administração e hoje, junto com um sócio, faz a gestão de fazendas com a AT Assessoria. “Ele faz a gestão inclusive das nossas fazendas. É mais um avanço na pecuária. Você tem todos os dados na mão para tomar qualquer decisão. Nessa situação hoje, de ciclos de baixa, não posso dizer que está bom, mas posso afirmar que vou passar essa fase sem dificuldade por conta dessa gestão de dados”, esclarece.
A sucessão familiar é um assunto que já rodeia a família, mas é um processo que não preocupa o pecuarista. “Estou aguardando o retorno de um amigo advogado sobre holding familiar, então já é um preparo. Não tenho essa preocupação de não ter sucessor. Meus dois filhos me acompanham desde pequenos e meu neto já monta cavalo e vai pesar boi comigo. Todo final de semana estou na fazenda e minha esposa sempre me acompanhou. Ela também tem origem de fazendeiro, então eu escolhi a pessoa certa, porque eu sabia que a minha vida seria ligada à pecuária por paixão. Ela é minha musa inspiradora. Posso afirmar que ela, meu pai e meu sogro, Juracy de Carvalho Andrade, são responsáveis pelo nosso crescimento em todos os aspectos”, destaca.
Com uma vida dedicada à pecuária, não faltaram desafios em sua trajetória. Marcelo afirma que, agora, o seu principal desafio é terminar a fazenda que começou há dois anos e que pretende finalizar, com muito suor, daqui três anos.
“Como meu pai também tirava leite, sempre gostei muito de acordar cedo, eu não conseguia estudar a noite, só de madrugada e isso me fez manter esse hábito. Hoje, eu acordo muito cedo e já começo as minhas atividades da fazenda. Sou privilegiado de viver essa vida, não me canso. Não tenho horário para fazer minhas atividades e sempre me dá muito prazer. Eu, sinceramente, me sinto uma pessoa bem-sucedida na vida. Deus sempre me abençoou, junto com trabalho e honestidade. Parabenizo minha família e todos os pecuaristas, em especial meu pai, meu tio Armando Carvalho de Andrade, meu sogro Juracy de Carvalho Andrade, meu parceiro Silvio Régis e todos os que fizeram e fazem parte da minha trajetória de vida e da pecuária”, conclui.