Como são formados os preços da arroba do boi gordo?
Faremos um compilado de textos explicando a relação entre os frigoríficos e os pecuaristas de gado de corte. Acompanhe nesta primeira parte os fatores que interferem na precificação da arroba.
Faremos um compilado de textos explicando a relação entre os frigoríficos e os pecuaristas de gado de corte. Acompanhe nesta primeira parte os fatores que interferem na precificação da arroba.
A análise dos preços de venda de determinado produto é fundamental para uma gestão eficiente de qualquer negócio. Na pecuária, não é diferente.
Entender como se formam os preços da arroba do boi é a chave para o planejamento e para a tomada de decisões assertivas do pecuarista, seja de compra ou venda.
Em condições normais, os preços são formados a partir da associação entre oferta e demanda.
Portanto, a análise da oscilação da oferta de gado gordo para os frigoríficos (abates) e da demanda por carne bovina tem importância crucial nessa precificação.
Tenha isso sempre em mente:
Agora que explicamos como são formados os preços, vamos analisar quais fatores influenciam a oferta de gado e a demanda por carne bovina.
A demanda por qualquer produto é influenciada por diversos fatores, internos e externos. Entre eles estão o preço do produto, o poder aquisitivo dos compradores (ou potenciais compradores), a presença de produtos substitutos, o gosto/preferência dos compradores, entre outros.
Vamos a alguns exemplos:
Se o preço da carne subir, a demanda vai cair. Isso é chamado de elasticidade-preço. Se a renda da população aumentar, o consumo de carne vai subir. Isso é chamado de elasticidade-renda.
Quando o preço do frango está mais barato, a população migra o consumo para esse tipo de proteína.
Em textos publicados aqui, já explicamos como funciona o ciclo pecuário e como a oferta de fêmeas influencia as cotações do boi.
Portanto, esse efeito plurianual contribui para a determinação do preço da arroba, assim como há o efeito anual devido à sazonalidade das chuvas, que impactam diretamente na qualidade das pastagens e, consequentemente, na oferta de boiadas.
Para exemplificar como é importante entender a sazonalidade das chuvas e como ela pode impactar na receita do produtor, vejamos o seguinte caso:
João, produtor de Goiás, possuía, em meados de abril do ano passado, um rebanho com 500 cabeças de gado com peso médio de 18 arrobas por cabeça, ou seja, já com peso pronto para o abate. Contudo, ele achou o preço pouco atraente do boi gordo na época e optou por vender a boiada em maio.
Ele poderia ter comercializado a boiada por R$ 144,00/@ em meados de abril, mas optou por aguardar. Em meados de maio, os custos para manter a boiada engordando aumentaram, pois as condições climáticas pioraram (menos chuvas, menor temperatura e menor luminosidade) e os pastos perderam qualidade. Para não pagar esse custo adicional, João teve que vender sua produção pelo preço de mercado, que na época estava R$ 140,00/@.
Essa queda no preço da arroba na comparação entre abril e maio foi ocasionada pelo aumento de oferta de boiadas para abate, pois a mesma motivação que o João teve para vender a boiada (aumento do custo da engorda e pastos secando) também ocorreu com os demais pecuaristas que tinham boi engordando no pasto.
Se João tivesse analisados fatores que influenciam os preços, poderia ter planejado melhor suas vendas, ciente de que em maio normalmente há concentração de oferta devido à desova de final de safra.
Portanto, a maior disponibilidade de animais permite que os frigoríficos reduzam o preço. Por isso, a importância de ter conhecimento de mercado para poder antecipar cenários.
Mas cabe ressaltar que o cenário inverso também pode ocorrer, pois há momentos no ano em que a oferta limitada de boiadas faz com que os frigoríficos tenham que ofertar mais pela arroba do boi gordo.
Diante dessa possibilidade, o nosso leitor deve estar se perguntando, por que é tão difícil conseguir administrar a oferta, segurar o gado e esperar que o frigorífico tenha necessidade de comprar e possa ofertar mais pela arroba? Porque há milhões de produtores, negociando diariamente, cada um com seus compromissos, o que torna esse efeito de retenção coletiva improvável.
Além disso, há centenas de frigoríficos! Ou seja, a produção de gado é pulverizada e os compradores são concentrados. Sendo assim, por muitas vezes, o pecuarista tem pouca opção de compradores, enquanto o frigorífico possui diversas opções de vendedores.
Mas, levando em consideração que a maioria dos bovinos negociados são do tipo commodity (produto de pouca diferenciação), logo os frigoríficos encontram dificuldade para comprar animais com características específicas. Sendo assim, o produtor com esse tipo de animal, na maioria dos casos, consegue negociar um ágio em cima dos preços de referência.
Esse tipo de negociação é positiva para os dois lados. Os frigoríficos terão em suas escalas de abate animais de maior qualidade, o que agrega valor na hora da venda da carne. Já para os produtores, o valor recebido pela arroba será maior do que as referências, o que aumenta a receita da produção.
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