Pecuarista aumenta produtividade com pastagem de qualidade
Com investimentos em produção sustentável, bem-estar animal e priorizando a qualidade do pasto, Wagner Correia se destaca na pecuária de corte na Bahia.
Com investimentos em produção sustentável, bem-estar animal e priorizando a qualidade do pasto, Wagner Correia se destaca na pecuária de corte na Bahia.
No sudoeste da Bahia, o município de Vitória da Conquista, a cerca de 500 quilômetros de Salvador, é bem conhecido pelas propriedades com alta produção de leite. É nesta região que o pecuarista Wagner Lopes Correia se diferencia dos demais, por trabalhar com excelência na pecuária de corte, desenvolvendo uma atividade rentável e sustentável.
Advogado e administrador de empresas por formação, ele conta que passou a se dedicar à gestão pecuária há aproximadamente18 anos. Mas, a intimidade com o campo e com os animais é fruto de um convívio que já dura quatro décadas. “Minha relação com o agro existe desde a infância. Meu pai sempre foi produtor rural e nós continuamos esse legado com muita, muita paixão, buscando sempre a vida do campo”, revela.
Na fazenda Reunidas Pau Alto, o pecuarista atua na cria, recria e engorda de gado, com uma lotação de 1,3 unidade animal por hectare. Os processos de produção priorizam cuidados que elevam a qualidade da carne – do nascimento ao abate. Dessa forma, ele consegue vender animais com o máximo de acabamento de gordura e marmoreio que a viabilidade econômica permite.
“Se pudéssemos apontar apenas um diferencial no trabalho realizado aqui, é que não temos medo de inovar e de usar as tecnologias disponíveis para a pecuária de corte. Nós experimentamos, medimos, repercutimos e aplicamos”, afirma Wagner.
A sustentabilidade é um carrochefe na fazenda, com ações que incluem a atenção ao uso da terra, a manutenção das reservas legais e Áreas de Preservação Ambiental (APP), além dos cuidados com as nascentes, que são bem preservadas, cuidadas, protegidas e vigiadas.
Outra iniciativa importante em andamento é a participação em um programa de redução de emissão de metano pelos bovinos da propriedade. Correia afirma que sem a sustentabilidade não haveria retorno financeiro na atividade pecuária. O produtor fica sujeito às adversidades ambientais, econômicas e sociais, que afetam diretamente os seus índices econômicos.
“Uma pecuária sustentável é sinônimo de pecuária rentável. É um investimento, você tem que capitalizar a sustentabilidade daquela atividade e o retorno virá com o tempo. Ao longo dos anos, você verá sua Taxa Interna de Retorno (TIR) aumentando”, explica.
Segundo o pecuarista, a sustentabilidade permite maior oferta de pastagem, de forragem, de água limpa, pura, de qualidade, além do bem-estar animal, que traz o retorno econômico. Também contribui para obter certificações que agregam valor ao produto final.
Ele também ressalta que a sustentabilidade vai além de fazendas bem manejadas e do cuidado com o meio ambiente. Também está ligada aos cuidados com a proteção física e social do trabalhador, garantindo todos os direitos trabalhistas e o bem-estar que os funcionários precisam, com segurança e boas condições de trabalho.
O bem-estar animal é um foco importante na pecuária da fazenda Reunidas Pau Alto. Para Correia, não é possível falar em sustentabilidade sem o bem-estar animal, que é a condição predominante para uma atividade sustentável.
Para manter um ambiente amistoso e tranquilo, o manejo nos currais é feito sempre com docilidade, cautela e carinho, seguindo todos os cuidados necessários desde o nascimento do bezerro. Na cria e recria, os animais são criados sem agressão, gritos ou violência.
“Buscamos criar animais mais dóceis, investindo em uma genética que nos traga essa docilidade. Quando fazemos a suplementação diária em cocho, os animais e os seres humanos estabelecem um relacionamento de confiança e de carinho, é um ambiente amigável. Todo esse resultado se converte em ganho de peso. Quanto mais dócil for o animal, maior é o seu ganho de peso”, enfatiza.
A fazenda utiliza o sistema de pastejo rotacionado com módulos, piquetes, área de lazer, além da oferta de água e suplementação animal sempre em cocho. O pecuarista pontua que esse sistema faz o produtor enxergar o quanto precisa prestar atenção à pastagem, pois é ela que pode trazer o melhor resultado econômico.
“A pecuária é uma atividade complexa, em que é preciso cuidar da pastagem como agricultura. Para ser produtivo, tem que se pensar na pastagem sempre limpa e densa, ter um pasto com oferta de massa e boas condições de brota e rebrota. E é isso que procuramos fazer, sempre abraçados com a Corteva Agriscience, que nos fornece toda essa tecnologia de limpeza de pastagem”.
Ele conta que a relação com a Corteva™ Agriscience começou antes mesmo da marca ter este nome, e revela que se sente honrado em usar essa tecnologia avançada que viabiliza a produtividade do capim e que, portanto, viabiliza a pecuária de corte nas fazendas.
“Sem essa tecnologia que ela nos fornece para a pastagem, eu diria que a pecuária de corte estaria praticamente extinta, porque, devido às pressões ambientais, sociais e econômicas, não seria possível manter um pasto limpo, denso e produtivo. Não é à toa que ela lidera o mercado: o seu produto traz resultado, confiança e agilidade”, ressalta.
Como diferenciais, ele destaca a alta eficiência e o custo-benefício dos produtos com a Tecnologia XT-S, que possibilitou à fazenda ter um alto índice de combate de ervas daninhas. “Se você não cuidar do campo e da pastagem com essa ideia de inovação e de pasto limpo, você não consegue desenvolver uma pecuária de excelência”.
Como obter a certificação Pecuária Baixo Carbono?A certificação Pecuária Baixo Carbono é um processo importante para propriedades rurais que desejam comprovar que adotam práticas sustentáveis na pecuária para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Além disso, pode ser uma forma de diferenciar seus produtos no mercado. O reconhecimento é concedido por organizações e empresas especializadas, que avaliam as práticas adotadas e emitem um certificado que comprova a redução das emissões de carbono. O processo de certificação envolve um compromisso sério com a sustentabilidade e a adoção de práticas ambientalmente responsáveis, que devem ser seguidas de forma consistente ao longo do tempo. |