Blog •  28/02/2023

Saiba as diferenças entre pecuária extensiva e pecuária intensiva

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A tecnologia aplicada e a área de ocupação são as principais diferenças entre os dois sistemas de criação de gado existentes no Brasil 

A escolha do sistema produtivo para a atividade pecuária é fundamental para que o produtor possa obter o resultado esperado na sua fazenda. No Brasil, o gado é criado por meio de duas práticas distintas: a pecuária extensiva e a pecuária intensiva.

Cada uma tem suas peculiaridades e, para escolher a mais adequada, é preciso levar em conta fatores como a disponibilidade de espaço, o investimento e a mão de obra.

A estratégia que for adotada para a criação dos animais, seja a pasto ou em confinamento, vai impactar diretamente na produtividade e lucratividade do negócio. Conheça abaixo as principais diferenças entre os dois sistemas.

O que é pecuária intensiva?

Na pecuária intensiva, a criação de gado é feita de forma a aproveitar melhor as áreas, com o objetivo de produzir o maior número de cabeças no menor espaço possível. Ela tem como base o uso de tecnologias como bons planejamentos nutricionais e melhoramento genético. 

Nesta modalidade, a produção acontece em dois regimes:

  • confinamento: os animais são fechados em piquetes, currais ou baias, com área restrita, toda a alimentação é fornecida em cochos e a água, em bebedouros.
  • semiconfinamento: os animais na fase de terminação têm livre acesso às pastagens diferidas e recebem uma suplementação com concentrado nos cochos posicionados nas pastagens.

Vantagens e desvantagens da pecuária intensiva

A pecuária intensiva tem alto índice de produtividade, ótimas taxas de lotação por hectare, melhora no controle de ganho de peso e rendimento mais alto da carcaça no período de terminação.

O médico veterinário e consultor de pecuária de corte da Rehagro Consultoria, Paulo Eugênio Carvalho Câmara, explica que neste sistema intensivo a redução de custo se dá pelo efeito de diluição, aumentando as margens de lucro da atividade. Segundo ele, o aumento na produção é o resultado do aumento do volume de cabeças aliado a qualidade e disponibilidade de pasto nas áreas de manejo.

“É o que a gente chama de intensificação, que é aumentar a produção de arrobas, podendo ser por cabeça ou por hectare. Você, melhorando a sua margem, tende a melhorar também a rentabilidade, o lucro líquido por hectare, que é o que todos os pecuaristas buscam.”

Para o consultor, a desvantagem é que, com o aumento da taxa de lotação, aumenta o volume de animais na área, e se não houver disponibilidade de forragem, o ganho individual do animal pode diminuir. 

“Esse desempenho individual pode não ser alcançado por conta da dificuldade do animal para selecionar o capim que ele quer comer, sendo obrigado a comer aquilo que a gente disponibiliza. Então, quanto mais se intensifica a área, existe uma tendência de menor ganho individual.”

O que é pecuária extensiva?

Na pecuária extensiva, o gado é criado solto, em grandes áreas de pasto. No Brasil, cerca de 95% da criação de animais é feita por este sistema. O gado é alimentado com pasto e suplemento mineral. No período seco, os animais recebem suplemento mineral.

Vantagens e desvantagens da pecuária extensiva

A grande vantagem da pecuária extensiva é o baixo investimento, já que os animais se alimentam do pasto já disponível na propriedade, sendo um negócio quase sem risco. Para o médico veterinário, no entanto, a margem de lucro, se houver, é pequena.

“Eu não vejo nenhuma vantagem na pecuária extensiva, porque há o empobrecimento do pecuarista ao longo dos anos. Ele produz pouco e tem os seus custos fixos muito parecidos com o sistema intensivo, só que com uma produtividade menor”, diz Câmara.

Câmara ressalta: “Se eu tenho um custo mais alto, pois perco o efeito diluição de custos fixos e um faturamento mais baixo, minha margem e minha lucratividade por hectare são menores. Passa a ser um negócio desinteressante.”

Outra desvantagem é a dificuldade de controle no desempenho dos animais, que se espalham pela propriedade e podem ter carência de nutrientes devido à baixa qualidade das forragens.

Como escolher entre a pecuária intensiva e a extensiva?

Ao escolher entre as duas modalidades, é fundamental considerar o espaço disponível para a criação dos animais. Enquanto a pecuária intensiva não exige grandes áreas de terra, a extensiva precisa de muitos hectares.

O investimento é maior na pecuária intensiva, que exige mão de obra especializada, estrutura e equipamentos de última geração, além de tecnologias de alto custo, como o melhoramento genético e a inseminação artificial. Por outro lado, na pecuária extensiva o custo de implementação e manutenção é baixo.

Uso da tecnologia na pecuária extensiva e na pecuária intensiva

A pecuária intensiva exige maior nível de tecnologia. Por trabalhar com mais animais por hectare, o risco aumenta. O produtor precisa ter o controle de todas as ações e manejos porque, se houver algum problema, o prejuízo é muito maior.

Nesta modalidade, o foco é aumentar a taxa de lotação. Para isso, é preciso adotar algumas tecnologias, como adubação correta, correção de solo para aproveitar bem o adubo e manejo correto. Também é preciso rotacionar as áreas, para que os animais pastejem onde o pasto está no ponto ótimo, e saiam quando o pasto precisa recuperar e rebrotar. O uso correto de herbicidas também é fundamental.

“Quando o pecuarista faz um combate bem feito às pragas, o capim tende a sair melhor, aumentando a luminosidade nas plantas e folhas. Isso influencia na qualidade do pasto e no volume de forrageiras daquela área, causando aumento na taxa de lotação”, salienta.

Na pecuária extensiva, o produtor trabalha com taxa de lotação baixa e o risco é menor. Mesmo diante de um problema de mercado, queda do preço da arroba, ou ainda um erro no ponto de entrada do herbicida, as consequências serão menores, porque o volume de boi naquela área é pequeno e o produtor demora a sentir o efeito dos manejos ineficientes. O maior cuidado é em relação ao controle de plantas daninhas, para que depois não haja a necessidade de recuperação da pastagem. 

Diferenças no controle de plantas invasoras

O crescimento de erva daninha é favorecido no sistema extensivo porque o solo fica mais exposto, pelo fato da população de forrageiras ser mais baixa. O solo fraco também impede que a população de forrageiras aumente, dando espaço para o crescimento de pragas nas pastagens. Assim, se no ano seguinte houver a mesma população de animais e a redução do volume de forrageiras devido ao esgotamento do solo, haverá o aumento de erva daninha e o custo de herbicida por cabeça será maior, principalmente quando não entramos com o combate no ponto ótimo do metabolismo das plantas invasoras.

Em fazendas com pastejo intensivo, a situação se inverte. Há um enraizamento melhor e pouca ocorrência de erva daninha, já que o solo fica menos exposto devido à maior quantidade de folhas da forrageira. 

“Na pecuária intensiva, pela dificuldade de crescimento da planta invasora, a população de erva daninha é menor. O combate é mais fácil porque as áreas são menores e o volume de defensivos utilizados por hectare também é muito menor. Então, o uso dos defensivos é mais eficiente”, afirma o consultor.

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