Blog •  27/06/2024

Saiba como o manejo de pasto pode aumentar a lucratividade da sua atividade pecuária

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Uma manada de gado branco pastando em uma pastagem verde exuberante sob um céu azul. A imagem ilustra a prática de manejo de pasto, mostrando como a pastagem bem manejada pode proporcionar uma alimentação saudável e abundante para o gado. Ao fundo, é possível ver uma área de mata, destacando a integração harmoniosa entre a pecuária e o meio ambiente

Investir no manejo de pasto adequado é uma estratégia econômica que impacta na qualidade e quantidade de forragem para os animais, melhorando seu desempenho.

A baixa produtividade do pasto e a degradação de pastagens já formadas representam um aumento significativo nos custos da atividade pecuária que pode ser evitado. Esses problemas podem ser consequências diretas ou indiretas da má-formação ou do manejo inadequado durante a fase de estabelecimento da pastagem. 

Neste texto da série “Prosperando na Pecuária com Baixo Investimento”, você vai saber como o manejo do pasto adequado pode ajudar você a aumentar a lucratividade da atividade pecuária.  

O que é manejo de pasto?

O manejo de pasto é uma prática essencial na pecuária que envolve o planejamento e a execução de técnicas para otimizar a utilização das pastagens. 

Seu objetivo é garantir que o gado tenha acesso à forragem de qualidade durante todo o ano, promovendo o crescimento saudável das plantas e evitando a degradação do solo.

Isso inclui o controle do tempo e da intensidade do pastoreio, a rotação de pastagens, a adubação, e o controle de pragas e doenças. Um manejo eficiente aumenta a produtividade e sustentabilidade da atividade pecuária.

Como o manejo de pasto pode ser mais econômico e aumentar o desempenho da atividade pecuária?

Segundo a pós-doutora em Zootecnia e professora de Forragicultura e Pastagens, Janaína Martuscello: a produção animal em pastejo é a forma mais barata de alimentar o rebanho, chegando a ser até um terço mais barata do que o animal confinado, desde que haja um manejo adequado. 

Fundamental para a sustentabilidade e produtividade da pecuária, o manejo de pasto influencia diretamente na qualidade e quantidade de forragem disponível para os animais, afetando sua nutrição e desempenho.

“Com um bom manejo de pasto, você aumenta a capacidade de suporte do pasto e assim consegue aumentar a taxa de lotação. Dessa forma, você dilui os custos fixos, diminuindo o custo total de produção. Então, numa escala de prioridade, antes do pecuarista trocar a genética do gado e fazer a adubação do pasto, é importante que ele aprenda a manejar para diminuir os custos de produção”, orienta a professora. 

Como iniciar a formação do pasto?

Um dos maiores erros que o pecuarista comete, pontua Martuscello, é não conhecer a necessidade de fertilidade do solo e a necessidade de manejo da forrageira escolhida. Ela ressalta que o sucesso no manejo depende de escolher bem a planta forrageira e atender às suas exigências em fertilidade de manejo. 

“Não é possível fazer um bom manejo de pasto se você não conhece muito bem a forrageira e tudo que ela pode gerar na sua fazenda. Então, é muito importante que o pecuarista seja orientado a manejar o pasto de acordo com a altura predeterminada para aquela planta que ele está escolhendo”, explica Martuscello. 

No momento da implantação de pastagens é essencial que o pecuarista faça uma avaliação do seu clima, da sua topografia e uma análise de solo. A professora indica que a escolha de sementes de qualidade e um controle rigoroso de plantas daninhas também são cuidados fundamentais.  

“O primeiro passo para o sucesso da produção animal em pastejo é uma boa formação. Então, o segredo de uma pecuária de pasto de sucesso é escolher bem a forrageira que seja adaptada às suas condições de solo, de clima e à sua capacidade de manejo. Também é preciso fazer controle de plantas invasoras, ajustar o manejo, fazer toda a adubação necessária, a reposição de nutrientes e ir ajustando a lotação”. 

5 cuidados para um manejo de pasto de sucesso

Agora que você já sabe o que é manejo de pasto e como ele pode ser benéfico, confira alguns cuidados que devem ser tomados para que ele seja implementado da maneira correta.

1 - Atenção para a altura do pasto no manejo

Cada planta tem uma altura predeterminada cientificamente, que deve ser respeitada. Por outro lado, a professora alerta que quando se mantém o pasto muito rapado, com baixíssima massa de forragem, não há tempo para esse pasto se recuperar. 

Com isso, ao longo do tempo a rebrota vai ficando cada vez mais lenta, aparecem espaços vazios, e logo esse solo será infestado por plantas invasoras. 

“Haverá uma diminuição drástica da produção vegetal e, consequentemente, da produção animal. Por isso, manejar o pasto por altura e tirar da zona de pasto passado e pasto rapado já é uma grande evolução no que diz respeito ao aumento da lucratividade nas fazendas que usam pecuária a pasto”. 

Martuscello explica que quando os pastos são manejados com a altura indicada para cada uma das plantas é mais fácil encontrar o momento em que o pasto está com boa produção e boa qualidade. 

“Existe uma ideia errônea de que pastos altos são pastos bons. Os pastos altos, de forma geral, apresentam uma alta produção de talos, muito colmo, muito material morto e pouca produção de folha. É um pasto que apresenta muita fibra e pouca proteína, e isso se reflete diretamente no desempenho animal. Então, essa ideia de que pasto alto é pasto bom está errada, porque nós temos que trabalhar com as alturas determinadas para cada forrageira”, afirma a professora.  

Leia também: Manejo de pastagem em épocas de água

2 - Recuperação de pastagens

Um dos principais problemas enfrentados pelas pastagens brasileiras é a baixa produtividade, causada pela degradação das áreas. “A degradação de pastagens é o freio de mão da pecuária brasileira, pois a perda de capacidade produtiva do pasto afeta diretamente o negócio do pecuarista”, destaca Edson Ciocchi, Engenheiro Agrônomo e Líder de Agronomia da Linha Pastagem da Corteva Agriscience.

Segundo Ciocchi, um dos fatores que mais contribuem para a degradação é a escolha errada da forrageira, que precisa levar em consideração diversos pontos, como o relevo, tipo de solo, clima, categoria dos animais, ciclo produtivo e tipo de manejo das áreas

A partir da escolha correta, o próximo passo é adotar estratégias para evitar a degradação do pasto – garantir o manejo adequado da área, ter uma taxa de lotação de animais ajustada, observar a fertilidade do solo e o tempo de pastejo dos animais, fazer a reposição dos nutrientes exportados pelo pastejo dos animais por meio da adubação de manutenção e controlar as plantas daninhas. 

“É muito importante mantermos o pasto limpo. Quando a planta daninha ocupa o espaço que era para ser da forrageira e a infestação se torna mais agressiva – que é quando as plantas passam de herbáceas para arbustivas e acontece a regeneração do bioma que estava antes, isso significa perda de produtividade e é o fundo do poço no caso da degradação”, explica.

Para não chegar a um nível crítico de degradação, Ciocchi enfatiza que é fundamental sempre cuidar do pasto desde a sua implantação, pois as forrageiras são plantas perenes e podem durar muitos anos com os devidos cuidados. 

“O controle de plantas daninhas deve ser feito desde a formação da área de pastagens. Hoje, temos dados de que o não uso de herbicidas na formação da área de pastagens pode afetar em até 40% da produtividade. Então, começar certo, com controle de plantas daninhas na formação e manutenção das áreas, é muito importante”, acrescenta.

3 - Importância da correção do solo

Outro ponto importante, considerado imprescindível por Martuscello, é a correção do solo. Isso porque grande parte dos solos brasileiros são solos ácidos, com baixos níveis de cálcio e magnésio. Além de neutralizar o alumínio tóxico, a correção vai elevar os níveis de cálcio e magnésio e corrigir o pH do solo. 

O cálcio é fundamental para o desenvolvimento do sistema radicular, fazendo com que a planta consiga aprofundar raízes e, consequentemente, busque nutrientes e água em camadas mais profundas. Quando o pH do solo está fora dos índices ideais, ele inibe a absorção de outros nutrientes, principalmente o fósforo. Isso faz com que haja menor perfilhamento, menor ocupação do solo e menor produção de forragem. 

“A correção do solo deve ser feita no momento da formação ou da renovação (reforma) da pastagem, ou como recuperação de pastagem e cobertura. Para se fazer a calagem e cobertura ideal, use um calcário com alto PRNT (Poder Relativo de Neutralização Total), um calcário fino e que seja feito no início do período chuvoso com o pasto rebaixado”, recomenda a professora. 

4 - Cuidados na adubação do solo 

A adubação de pastagem é essencial para a produtividade e a qualidade nutricional do pasto. É ela que vai fornecer os nutrientes essenciais que as forrageiras necessitam para um crescimento saudável, como nitrogênio, fósforo, potássio e outros elementos

No entanto, alerta Martuscello, a adubação de pastagens não pode ser feita sem que antes seja realizada uma análise de solo. Esse é o primeiro critério para uma boa adubação de pastagens.

"Fazer o manejo adequado é ainda mais importante do que fazer adubação, já que muitas das vezes o pecuarista usa adubação em pastagens de forma errônea, porque ele não aprende a manejar o pasto. Quando você faz adubação, você aumenta consideravelmente a produção de forragem. Então, você precisa aumentar a taxa de lotação, porque estará aumentando a capacidade de suporte do pasto”, destaca. 

Martuscello esclarece que a adubação deve ser feita no período das águas, sempre na chuva ou nos sistemas irrigados, porque é neste período que a planta tem água, luz e temperatura para poder se desenvolver adequadamente. Não se recomenda fazer adubação no período seco, mesmo que a produção de forragem seja mais baixa.

“Existe uma tendência de querer adubar na seca para aumentar a produção de forragem, mas se não há água para fazer o transporte desses nutrientes, não adianta fazer adubação, mesmo que o sistema seja irrigado. Portanto, a adubação deve ser feita com base nos resultados da análise de solo, no período das águas e obedecendo às características de cada adubo”

Leia também: Manejo e cuidados no primeiro pastejo

5 - Controle de plantas daninhas em pastagem 

A presença de plantas daninhas é um dos fatores que contribuem para a diminuição da produtividade das pastagens. Por isso, o manejo adequado de pastagem pode evitar o surgimento destas plantas invasoras, que quase sempre estão associadas à degradação do solo. 

Existem diferentes métodos de controle de plantas daninhas em pastagem. A solução mais adequada deve ser definida com a orientação de um profissional, que vai recomendar ações conforme os tipos de invasoras encontradas na área, as condições de solo e clima, tamanho da área da pastagem e nível de tecnologia da propriedade.

Os herbicidas são uma ferramenta importante no controle de plantas invasoras, e assim como em todo ciclo de manejo de pasto, é preciso utilizar o produto certo na dose correta para eliminação da matocompetição. 

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Para aproveitar ao máximo o manejo de pasto, pecuaristas precisam intensificar sua gestão com o objetivo de produzir mais @ por hectare. Essa simples mudança de pensamento permite que pecuaristas maximizem a produtividade do pasto e aumentem o retorno sobre o investimento.

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