5 dicas para o uso de herbicidas em pastagens
Fazer o uso e manejo de herbicidas em pastagem de forma correta é fundamental para alcançar bons resultados no controle de plantas daninhas
Fazer o uso e manejo de herbicidas em pastagem de forma correta é fundamental para alcançar bons resultados no controle de plantas daninhas
O sucesso no manejo das plantas daninhas com herbicida para pastagem depende da correta identificação da planta daninha e da escolha do produto adequado. No entanto, para que a eficiência e o rendimento do herbicida não sejam prejudicados, é fundamental que a sua aplicação seja feita de forma correta.
No momento da pulverização, o produtor precisa estar atento aos diversos cuidados que implicam diretamente na performance do controle da planta daninha. Aliados às boas práticas agrícolas, estes cuidados contribuem para aumentar a produtividade e a qualidade do pasto.
Confira abaixo 5 dicas para a aplicação de herbicidas.
A planta daninha começa a vegetar no início das chuvas. Então, o momento ideal para aplicação é assim que a planta daninha tenha folha suficiente para receber o produto, já no início das águas.
“Quanto mais cedo fizermos o controle dessa planta daninha, mais tempo o capim vai ter para se recuperar no período de chuvas e produzir. Assim, nós eliminamos a matocompetição, que é a competição por água, luz e nutrientes que o capim sofre com a planta daninha e que diminui a sua capacidade produtiva”, diz o engenheiro agrônomo de campo da Corteva Agriscience, Edson Ciocchi.
No início da época seca, o controle foliar das plantas daninhas deve ser evitado, porque nesse período a planta estará com folhas velhas e florescidas, e o capim não tem mais potencial produtivo. Além disso, o controle tardio nessa época exigirá uma dose de herbicida mais alta, o custo será mais alto e o tempo para o capim se recuperar será menor. Ou seja, a eficiência na aplicação foliar na estação seca é muito prejudicada.
Quanto à temperatura, ela deve estar sempre abaixo dos 30 graus. As altas temperaturas afetam a pulverização, fazendo com que a taxa de evaporação da calda seja maior, diminuindo assim o tempo de absorção do produto.
“A temperatura muito baixa pode influenciar no crescimento do capim, já que o seu desenvolvimento cessa em baixas temperaturas. Na Região Sul, o indicado é que a aplicação foliar em planta daninha seja feita com temperatura média acima de 16 graus”, comenta Ciochhi.
Segundo o engenheiro agrônomo, para uma aplicação de herbicida para pastagem com qualidade é preciso ter, pelo menos, 60% de umidade relativa do ar. A velocidade do vento deve estar entre 2 a 10 quilômetros por hora. Isso diminui a taxa de evaporação das gotas e o espessamento da cutícula das plantas. O vento mais forte pode causar a deriva, que acontece quando parte da pulverização agrícola é carregada para fora da área-alvo.
Segundo o especialista, para ter o controle efetivo da planta daninha o produtor precisa acertar na quantidade e qualidade de gota. Para isso, é preciso utilizar equipamentos regulados e calibrados e fazer a escolha correta das pontas de aplicação, além de que não chova por, pelo menos, 3 a 4 horas após a aplicação. Caso contrário, a chuva pode tirar parte do produto que seria absorvido pela planta, reduzindo a sua performance.
“Quando o herbicida entra em contato com a cutícula da planta, ele tem que penetrar dentro da folha. O importante não é só controlar o quanto a chuva vai levar do produto, mas quanto o herbicida vai penetrar na planta.”
Outra recomendação importante é evitar aplicações pela manhã em plantas umedecidas pelo orvalho. Ciocchi destaca que muitos pecuaristas, para ter um rendimento operacional maior, querem começar as aplicações logo que o dia amanhece, e cometem este erro. A recomendação é que a aplicação só inicie depois que as folhas estiverem mais secas.
“Quando as gotas são depositadas na superfície dessas folhas já saturadas de água, o herbicida vai escorrer e acabar no chão, diminuindo a absorção. Dessa forma, a performance não será boa e não haverá o controle efetivo da planta daninha”, explica.
O momento adequado para a aplicação do herbicida na reforma de pastagem deve ser definido a partir do perfilhamento da planta forrageira. O ideal é que as invasoras estejam em pleno estádio vegetativo, com muitas folhas novas para absorver o herbicida em grande quantidade. Quanto mais folhas, maior a absorção do herbicida. Se o capim não estiver em fase de perfilhamento, ele não vai ocupar os espaços vazios deixados pelas plantas daninhas.
O profissional enfatiza que o controle deve ser feito sempre antes do primeiro pastejo. Se o pecuarista não conseguir fazer o controle nesse período, é indicado fazer o primeiro pastejo, diminuir o porte do capim, para depois fazer aplicação e expor estas plantas daninhas ao herbicida.
Em relação à cultura, quanto mais tarde o controle inicia, menos tempo o capim terá para se recuperar e produzir. “No caso de plantas já sementadas, em estádio reprodutivo, a dose a ser utilizada não é a mesma da planta vegetativa. Por ter essa baixa translocação de seiva, temos que aumentar a dose do produto para ter o controle, que fica mais difícil.”
A performance do defensivo pode ser prejudicada pela água utilizada na preparação da calda de pulverização, já que algumas propriedades da água podem diminuir a eficácia dos princípios ativos do produto.
Para pulverização de herbicidas de pastagem, a recomendação é que a calda tenha pH ácido, menor do que 5. A aplicação na água com pH acima de 6, ou seja, alcalina, que interfere na translocação do herbicida na planta, diminui sua eficiência. A correção do pH para fazer aplicação deve ser feita antes de se adicionar o herbicida à água.
“A água leva o herbicida até a planta, então ela deve ser de muita qualidade, limpa e com pH adequado para se ter uma boa eficiência no controle das plantas daninhas.”
O controle de plantas daninhas inicia pelo planejamento da pulverização, que inclui o levantamento pasto a pasto, a identificação das plantas existentes ali, o seu nível de infestação e qual recomendação para cada pasto. Também é no planejamento que o produtor define qual pasto será tratado primeiro.
“A aplicação deve começar no pasto que tem um estande de capim muito bom, onde as plantas daninhas sejam de fácil controle, para que ele possa eliminar a matocompetição e aumentar a produtividade de forrageira. O pasto mais degradado será um dos últimos a ser controlado, porque ele está mais longe da produtividade e mais longe de ser recuperado”, orienta Ciocchi.
Ele ressalta a importância de fazer um bom planejamento para eliminar a planta daninha e trazer a produtividade ao pecuarista, assim ele pode ganhar mais arroba por hectare e poderá investir no controle das demais áreas da fazenda.
“É no planejamento e na execução correta das indicações que o produtor terá os melhores resultados. Então, o ideal é começar cedo e no local certo. Na Corteva Agriscience, nós temos uma recomendação customizada dos produtos e do controle das plantas daninhas em pastagem, com a dose a ser adequada para cada planta daninha”, conclui.
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