Blog •  16/01/2020

Manqueira em bovinos: sintomas, causas e tratamentos

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manqueira em bovinos: sintomas, causas e tratamentos

Dentro das clostridioses, o carbúnculo sintomático é um dos mais letais. Contudo, a vacinação correta protege os animais contra a doença.

Clostridiose é um termo usado para denominar uma gama de doenças causadas pela bactéria do gênero Clostridium. As mais comuns no Brasil são: manqueira (carbúnculo sintomático), botulismo, gangrena gasosa e tétano. 

As clostridioses têm grande impacto econômico na bovinocultura. Segundo agentes-chave do setor de saúde animal, cerca de 400 mil animais morrem por ano, alcançando mais de um bilhão de reais em prejuízos para o pecuarista.

Neste texto, falaremos especificamente sobre a manqueira ou carbúnculo sintomático, devido à sua grave toxemia (intoxicação resultante do acúmulo excessivo de toxinas no sangue) e alta mortalidade.

Causas da manqueira em bovino

A doença acomete principalmente animais jovens, entre quatro e dois anos de idade, e é causada pela bactéria Clostridium chauvoei.

A infecção ocorre quando os bovinos, durante o pastejo, ingerem os esporos da bactéria, que caracterizam sua forma inativa.

Esses esporos se alojam no intestino dos animais e, por meio da circulação sanguínea, alcançam outros lugares, como o fígado e os músculos.

Sinais clínicos do carbúnculo sintomático

Quando os animais ingerem os esporos, eles permanecem dormentes no músculo, até que traumas, como coices ou quedas, que criam um ambiente sem oxigênio, desencadeiem a germinação dos esporos e a produção de toxinas.  

Os sinais clínicos são caracterizados por claudicação (manqueira) e pelo inchaço de membros, causado pelos gases liberados pela bactéria. A doença também causa febre e falta de apetite nos animais.

A manqueira tem evolução rápida. O animal morre em menos de dois dias após o aparecimento dos primeiros sinais clínicos.

No dia a dia do campo, é comum encontrar os bovinos mortos deitados de lado, com o membro posterior acometido esticado.

Como evitar a manqueira bovina?

Como a doença é superaguda e as toxinas são muito potentes, antibióticos têm pouca eficácia. Dessa forma, o tratamento da manqueira é praticamente inexistente.

A medida de maior eficácia é a prevenção, que está relacionada ao manejo e à vacinação dos animais.

Quanto ao manejo, o produtor deve descartar corretamente a carcaça de animais e não permitir o acesso dos bovinos a alimentos impróprios para o consumo que possam estar contaminados com a bactéria.

Quanto à imunização, a aplicação de vacinas é a medida mais segura. Deve-se escolher vacinas de qualidade, sejam elas específicas contra a doença ou polivalentes (contra diversas clostridioses).  

Para otimizar a mão de obra, o ideal é associar o manejo de vacinação anual contra clostridioses com outros, como a imunização contra febre aftosa ou desmama dos bezerros.

Custos

Existem diversas indústrias que comercializam a vacina no mercado. Segundo levantamento da Scot Consultoria, a dose da vacina polivalente custa em torno de R$ 1,00.

O protocolo de vacinação varia de acordo com a bula do medicamento em questão, mas o ideal é que a 1ª dose seja realizada aos 4 meses de idade do bezerro e a segunda dose (reforço) 30 dias após. Em seguida, os animais devem ser vacinados anualmente.

Normalmente, o produtor não percebe “valor” nos gastos com vacinação, pois não trazem um ganho adicional direto na produção, como acontece quando os animais são suplementados, por exemplo.

Por isso, o retorno sobre o investimento em vacinas é menos perceptível para o pecuarista.

Mas, analisando o prejuízo causado pela bactéria, a morte de um bezerro cotado em R$ 1.500,00 em São Paulo, por manqueira, seria equivalente ao gasto com vacinação de 375 animais, considerando que esses animais receberiam 4 doses da vacina durante sua permanência no rebanho (abate com 36 meses).

Conclusão

A manqueira não tem tratamento, e o controle é praticamente inviável, pois o pecuarista não tem domínio sobre a disseminação dos esporos da bactéria no meio ambiente.

Em uma doença de elevada mortalidade, a vacinação do rebanho não deve ser negligenciada, até mesmo porque o pecuarista pode optar pela aplicação de vacinas polivalentes, otimizando o manejo, e pode realizar a imunização aproveitando a mão de obra durante a época de vacinação contra a febre aftosa.

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Autora: Marina Zaia – Médica-veterinária